Talvez, um dos maiores problemas de quem passa por um processo de assédio moral seja o de não conseguir sair do ciclo de vitimização. Evidentemente que não é nada fácil vivenciar esta experiência desagradável, pois cria uma condição de desestabilização emocional característica. No entanto, passado o primeiro impacto, deve-se reconstruir a vida e seguir adiante. Acontece que esta é uma tarefa das mais árduas, ainda mais, se no decurso do processo se adquiriu alguma doença emocional e, na verdade, fica um saldo traumático. Ocorre que a vida exige que nos reestruturemos, nos levantemos, sacudamos à poeira e sigamos “adelante”. Ainda que tenhamos que conviver com os impulsos de nosso inconsciente, é o que temos que fazer. Confesso que enquanto escrevo, faço uma introspecção para encontrar meios de superar de vez os resquícios que ainda ficaram, até porque, como é de minha opinião, os assediadores crônicos não mudam e, por força das circunstâncias ainda convivo com eles.