Pular para o conteúdo principal

Ratazanas vivem do lixo onde porcos chafurdam


Trocando idéia com alguns colegas de trabalho sobre o nosso cotidiano chegamos a um consenso: nem tudo o que é legal corresponde ao que é moral.

Em ambientes corrompidos o mau caráter se prolifera, mas isso não é um fenômeno atual, pois Sun Tsu (A Arte da guerra) já abordava este assunto milhares de anos atrás apontando- o como um dos fatores que levaria a sociedade ao colapso, e, portanto não aprovava tais “culturas”.

Eventualmente qualquer pessoa pode fraquejar e se deixar levar por algum tipo de comportamento réprobo, mas em determinado momento sua consciência a cobrará, e, caso isso não ocorra significa que já a cauterizou ou que nunca a teve.

Você já deve ter visto coisas como daquela conhecida que casou por conveniência com o camarada “cheio de dinheiro”, ou daquela funcionária que em apenas um ano de empresa dá um salto meteórico e por uma, digamos, legalidade torna- se gerente ganhando muito mais do que a sua função inicial permitiria sendo que, em situações normais, não conseguiria tal façanha, ou aquela que, como porcos, já se acostumou a chafurdar na lama das sujeiras desses meios fechando os olhos por uma questão de conveniência, comendo das migalhas que lhe dão.

No Brasil, este tipo de sujeira é histórico tornando- se uma chaga em nossa sociedade, principalmente nas empresas e funções públicas, onde alguns de seus agentes utilizam os mais sórdidos meios pra atingir seus objetivos imorais.

Ocorre que, em determinado momento, aquele que não compactua com  toda essa sujeira passa a ser perseguido e se torna uma ameaça aos perversos que não pensarão duas vezes em atacá- los e destruí- los se isso for possível.

Um padrão nesses lugares é o da ilusão verbal. Com toda sorte de mecanismos maliciosos, víboras humanas manipulam o ambiente, confundindo as pessoas pra que estas não percebam o que se desenrola nos bastidores: criam um mundo virtual, na verdadeira acepção da palavra, onde o real é camuflado, e, com isso, conduzem os mais incaltos ao precipício. Escondem as informações a sete chaves pra que os outros não saibam em que terreno pisam.

Assim é no lugar onde trabalho, onde um grupo menor, tomou posse daquilo que é público e no melhor estilo oligárquico invocam pra si o título de senhores feudais do que não lhes pertence, esquecendo- se de que são agentes públicos e não donatários.

O mais irônico é que, volta e meia, eles enviam seus cachorrinhos pra disseminar o medo sobre os ignorantes que acreditam em qualquer coisa que se diz.

Nessa linha, a informação atua como luz em ambientes onde as sombras se acham importantes.

Sendo assim, procurei um especialista pra que pudesse me ajudar a definir em que terreno estou pisando e a informação foi muito útil.

Sociedades de economia mista:

Boa tarde,
Acompanho seu Blog, sempre que posso, e inclusive fiz menção dele (com link) no meu sobre uma dúvida que você me respondeu sobre férias.

Tenho outra dúvida que gostaria de saber:

No caso das empresas de sociedade de economia mista:

1- Como funciona o plano de cargos e salários;

2- Em relação aos seus administradores: como devem nortear seus atos e como são responsabilizados por estes? Devem seguir o Direito público ou privado?

Grato

http://mentesatentas.blogspot.com/

Olá Raniery,
Boa Noite.

 Nos termos do artigo 173 da Constituição Federal, as sociedades de economia mista exploram atividade econômica e se sujeitam à livre concorrência, portanto, seguem o regime privado para todos os fins, inclusive para os efeitos fiscais e trabalhistas.

 A única diferença, é que os empregados sujeitam-se ao regime de concurso público para serem admitidos.

 Respondendo as suas perguntas, o plano de cargos e salários de uma sociedade de economia mista segue os moldes de qualquer outra Sociedade Anônima do Direito Privado, e, para fins de equiparação salarial, segue os parâmetros sa Súmula 06 do TST e artigo 461 da CLT.

 Já os administradores, estão sujeitos à responsabilização de forma híbrida, ora sob o regime público, ora sob o regime privado. Para fins de honestidade no exercício do cargo, sujeitam-se ao regime jurídico público, ou seja, respondem nos termos da Lei de Improbidade do funcionário público.

 Já em relação aos terceiros e contratantes / clientes etc.. da empresa pública, respondem como outro administrador qualquer, ou seja, pelo regime do direito privado.

 Ok?

 Se a dúvida persistir, me escreva.

 Att,

 Christian Thelmo Ortiz

Perceba que há limites pra tudo. Nem o Estado pode fazer o que quiser contra o cidadão, muito menos criaturas medíocres que se acham muito mais do que na realidade são. O fato de serem traiçoeiras não lhes confere poder ilimitado. É bem verdade que se aliançam aqui e ali pra poder conseguir levar adiante seus projetos sórdidos, mas ainda são de carne e osso, como todos os mortais e na hora que a “coisa” começa a apertar é que se vê o real conteúdo dessas alianças. A visibilidade é o terror pras criaturas que não suportam ver seus atos expostos a olhos nus.

Portanto, a cautela é a melhor estratégia pra utilizar nesses meios, mas a inocência pagará um preço caro.


Leia também: 


Sociedades de economia mista e a demissão arbitrária

Raniery
raniery.monteiro@gmail.com
@Mentesalertas


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ninguém chuta cachorro morto

A expressão significa que as pessoas não atacam quem não tem valor, é insignificante, medíocre, mas alguém que possui características ou qualidades que incomodam e por isso as ameaça, daí porque utilizarem deste recurso numa tentativa de a diminuírem de alguma forma ao mesmo tempo em que se projetam. É da natureza de determinadas pessoas, que por uma inadequação interna, sentirem-se inferiores a outras, não pela suposta superioridade destas, mas pelo seu desajuste psicológico. Por isso, para alcançar o equilíbrio de seus centros emocionais praticam uma espécie de projeção imputando ao alvo de sua fúria seus próprios fantasmas internos. Este recalque as leva, então, a inventar boatos, viver em mexericos pelos cantos, disseminar a intriga e semear a discórdia contra a pessoa que vêm como sua competidora natural. E como se sabe que o problema é do desajustado? Simples: percebendo que a cada momento se elege um novo candidato ao posto de alvo. Sempre alguém não prestará ou será

Eu, eu mesmo e...somente eu!

Nada é mais difícil de lidar que uma pessoa narcisista . Elas se acham a última azeitona da empada e acreditam que as pessoas existem para lhes servir.  Se arrogância pouca é bobagem, imagine, então, um ambiente que lhe proporcione manifestar a totalidade de sua megalomania. No filme de animação, Madagascar, há dois personagens que traduzem perfeitamente o estereótipo do narcisista: o lêmure, rei Julian e Makunga o leão ambicioso e ávido pelo poder. O rei dos lêmures, Julian, se ama e se adora e acredita firmemente que tudo acontece em sua função. Com uma necessidade incomum de ser admirado faz de tudo para aparecer e chamar a atenção. Já o leão Makunga encarna o tipo de vilão asqueroso, dissimulado e traiçoeiro que sempre está planejando algo pra puxar o tapete do leão alfa. Nas relações onde o assédio moral é forma de interagir, tais figuras estereotipadas e sem noção aparecem por trás de atos inacreditáveis de egocentrismo crônico.  Não podem ser contraria

Cuecão de Couro?

Se a vida imita a arte eu não sei, mas em 1994, na comédia pastelão Ace Ventura Detetive de animais, a vilã Tenente  Winky no final da trama é desmascarada e ...bem, assista ao filme. De qualquer forma, tão surpreendente quanto a inusitada cena foi a confissão de um Seal americano através de uma rede social- ele trocou sua foto em seu perfil pela de uma mulher alta, morena, com uma blusa branca, sorrindo diante de uma bandeira americana. E escreveu: "Tiro agora todos os meus disfarces e mostro ao mundo minha verdadeira identidade como mulher". Chris Beck trabalhou 20 anos no Navy Seals, um comando especial da Marinha dos EUA que frequentemente faz operações secretas em territórios inimigos. Mas ao longo desse período o oficial guardava um segredo pessoal: desde a infância, ele sentia que era uma mulher nascida em um corpo masculino. Leia mais... Quem imaginária nos seus mais loucos sonhos que um camarada machão como esse escondia uma princesa desesperada por carin