Pessoas são um dos elementos
das organizações que não funcionariam sem elas. Por outro lado, vivemos e
morremos dentro delas estabelecendo assim uma interdependência que, por sua vez
caracteriza as sociedades.
Não é curioso, outrossim,
que mesmo após tanto tempo as organizações parecem não entender esse elemento
tão importante para as suas atividades? Na verdade, ignoram deliberadamente toda
uma ciência que vem estudando e produzindo conhecimento acerca do assunto, isto
é, o comportamento humano nas organizações?
Particularmente penso que
isso tem mais a ver com a incompetência de seus gestores, sobretudo, na esfera
pública, salvo (gratas) exceções, que graça ainda em fornecer ao contribuinte
processos ineficientes e onerosos que se distanciam de suas finalidades e que
nada mais são que cabides de empregos de gente não menos parasita.
Por outro lado, ler pessoas
não é tarefa fácil nem para os especialistas que dirá para os gestores de
empresas em geral. Não quer dizer com isso que não deva ser feito ou que se justifique a negligência da tarefa.
Evidentemente que não poderá
ser feito por gente despreparada ou para ambientes desprovidos de qualquer cultura
organizacional estruturada para isso. Aliás, nestas cascas vazias o que impera é a cultura do “esquema”, do “medo”, da “punição”, enfim, não seriam capazes de
se atingir o mínimo e propor uma mudança organizacional devida.
Por isso que se tem tantos
casos de assédio moral em lugares como esses, pois quem os dirige são pessoas
desqualificadas que adoecem tais entidades que muitas vezes se mantêm em pé
graças a uma situação privilegiada de monopólio das atividades, mas que se enfrentarem
um momento de transição sucumbirão e levarão consigo todos os que estão nela.
Nessas organizações zumbis
não existe qualquer preocupação em se entender o comportamento humano pelo simples
motivo de não se importar com ele. Este é um conceito que só encontra importância
em organizações produtivas cujo resultado é buscado dentro de ambientes
competitivos onde questões motivacionais ganham relevância diante dos objetivos
e metas planejados. Em suma se utilizam desses conhecimentos em prol de
processos organizacionais mais eficazes e eficientes.
Sendo assim, cientistas e
pesquisadores criaram um subsistema interdisciplinar produzindo farto
conhecimento em comportamento organizacional que, entre outras coisas, estuda a
influência que o indivíduo, os grupos e a estrutura da empresa (vista como um
organismo vivo) exercem sobre o comportamento humano dentro das organizações
para com isso melhorar os processos gerenciais.
Mas, como um falso amigo
diria: eu sou ideológico demais. Aliás, ele é fruto da abdução que tais
organizações ultrapassadas alienam, desconstruindo qualquer ideia de valor, ou
mesmo, juízo de valor que se busque aprender, pois se tornaram um fim em si
mesmo e, como os Goléns do folclore judaico, somente existem pra continuar a
existir. Não possuem senso de finalidade, objetivo ou razão de ser, mas se
agarram a toda e qualquer forma de absorção de energia que as mantenham seguindo
adiante.
Em um mundo em constante e
frenética mutação não faz nenhum sentido a existência de massas disformes como
essas, que atuam na superfície, desprezando seu capital humano em razão de
interesses particulares ou escusos, pois, é muito oneroso à sociedade e ao
indivíduo, em razão do qual tudo nesta engrenagem funciona.
Raniery
Raniery
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