Viver em sociedade é uma experiência compartilhada e uma necessidade de todos- não há outra opção- e essas interações, obviamente, precisam ser reguladas.
O que parece ser uma simples constatação, toma contornos sérios quando alguns membros ou grupos decidem violar os mecanismos de harmonia social, traduzidos em normas de comportamento, impostas à todos. Ao que parece vivemos um momento de crise institucional, e de caráter, sem precedentes.
Tanto faz se é aqui ou no Reino Unido, se na Europa ou na América: a coisa desandou. Mas, fica mais fácil e mais preciso falar de nossa realidade que de outras. E, nesse sentido, nada como ser brasileiro- povo esperto e criativo, e, por que não dizer empreendedor. Somos bons em muitas coisas, até naquilo que não deveríamos.
Recentemente ocorreram dois fatos comigo que me convenceram de como as coisas estão fora de prumo.
Outro dia, um agente da CET, aqui de Santos, usou de toda a sua autoridade pública pra cometer um abuso. Multou-me utilizando-se do artifício de ser implícita a boa fé dos agentes estatais e da presunção de verdade de seus atos, mas com um detalhe: eu não cometi a infração imposta, mas o agente, incorreu em desvio de finalidade. Porém, lembrei-me de que as eleições estão aí e que a indústria de multas precisa atingir suas metas pra angariar fundos para que inescrupulosos se elejam ou se reelejam: é a democracia tupiniquim. Aliás, Santos está uma beleza nesse quesito. É assédio moral na guarda municipal, tortura de moradora de rua, mãe dando a luz no chão de pronto socorro, agente cidadã obrigada a não engravidar. E o salário, ó!
Outro dia, um agente da CET, aqui de Santos, usou de toda a sua autoridade pública pra cometer um abuso. Multou-me utilizando-se do artifício de ser implícita a boa fé dos agentes estatais e da presunção de verdade de seus atos, mas com um detalhe: eu não cometi a infração imposta, mas o agente, incorreu em desvio de finalidade. Porém, lembrei-me de que as eleições estão aí e que a indústria de multas precisa atingir suas metas pra angariar fundos para que inescrupulosos se elejam ou se reelejam: é a democracia tupiniquim. Aliás, Santos está uma beleza nesse quesito. É assédio moral na guarda municipal, tortura de moradora de rua, mãe dando a luz no chão de pronto socorro, agente cidadã obrigada a não engravidar. E o salário, ó!
A outra situação, diz respeito a inserção de meu nome, de forma negativa, no banco de dados do Serasa, por uma empresa fantasma. Eu nem sabia que no além tinha isso. Chegou uma carta de notificação me informando que tenho um débito não honrado, datado de 2009, de um bar/ restaurante situado no bairro do Bom Retiro na rua Amazonas n 64. Insira esses dados no Google Earth e verá que não existe nada neste endereço, relacionado. Posteriormente descobri um segundo e simultâneo endereço, agora no bairro Monções, rua Jucucaim 154b. Uma informação consta na receita, outra no jucesp. Quando solicitado o telefone pela operadora, esta declara que não foi autorizada a divulgar.
O detalhe que me chama a atenção é que a empresa deve ser de um mundo paralelo ou do passado que atravessou um portal de espaço- tempo, pois o registro foi feito na primeira quinzena de março. Alguém deve estar de brincadeira nesse episódio, pois como uma empresa que não existe consegue um feito desses? Deve ter a ver com o nome dela: "Abundante"- tem abundância de endereços mesmo sendo invisível. Pesquisando, percebi que abundantes são as patifarias e as falcatruas, e, que este tipo de golpe vem dizimando a economia por meio de estelionatários que se multiplicam pelo país afora.
O detalhe que me chama a atenção é que a empresa deve ser de um mundo paralelo ou do passado que atravessou um portal de espaço- tempo, pois o registro foi feito na primeira quinzena de março. Alguém deve estar de brincadeira nesse episódio, pois como uma empresa que não existe consegue um feito desses? Deve ter a ver com o nome dela: "Abundante"- tem abundância de endereços mesmo sendo invisível. Pesquisando, percebi que abundantes são as patifarias e as falcatruas, e, que este tipo de golpe vem dizimando a economia por meio de estelionatários que se multiplicam pelo país afora.
Agora, perceba você, que tanto faz se é um "171" qualquer, que pratica estes ilícitos, ou agentes públicos que supostamente estariam a serviço da lei e da preservação da vida e ordem, pois no fim estamos reféns da ma fé.
Vale lembrar que a CET aqui da cidade está envolvida em um escândalo relacionado ao pátio de apreensão de veículos, mas o prefeito já disse que ela é vítima e não a responsável. Vai ver que sou eu, então, o culpado por isso; ou você, quem sabe. Se bem que lá no fundo somos mesmo, já que elegemos estas pessoas pra nos representar e recebemos como resposta o abuso e o arbítrio.
Bom, pelo menos poderíamos dizer que os serviços prestados são efetivos, acredito. No meu caso, deve ser azar mesmo, já que a mais de um ano solicito providências ao setor de zoonoses em relação a uma situação de maus tratos de animais, sem, todavia, obter sucesso, já que até agora nenhum fiscal conseguiu levantar o traseiro de seu escritório pra verificar a denúncia; mas é compreensível: com o calorão que faz por aqui, seria pedir demais e desumano exigir que o funcionário público exercesse a sua função, pela qual é remunerado com o dinheiro público, e deixasse seu ar condicionado, sozinho e ocioso, somente por causa de uma meia dúzia de animaizinhos, sem pedigree, que estão em estado de calamidade. Que insensibilidade a minha!
Não sei se você tem a mesma sensação que eu, mas é frustrante viver numa sociedade onde todo mundo é malandro e os demais são tidos como otários ou idiotas. Parece que optamos por dar vazão ao pior de nossa natureza ao mesmo tempo em que queremos o melhor do benefício de viver em grupo. O que acontece se todo mundo se achar o "espertalhão" e achar que pode passar o outro pra trás? Será que a anarquia tomará conta? "Não pode!": responderão os malandros; "pois, se não existir trouxas pra serem enganados, como sobreviveremos, se não sabemos fazer as coisas de modo correto?"
Diante de tais abusos, exercer a cidadania chega a ser um ato de fé. Bom, da próxima vez que ouvirmos sobre dinâmica social, se não nos empolgarmos mais, pelo menos, como consolo, saberemos se tratar de uma frase de efeito muito bonita, não é mesmo?
Pois é, na sociedade moderna tudo mudou: "pai mudou, mulher mudou, comunicação mudou, namoro mudou", mas os pilantras...não mexa nos meus pilantras!
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