Tem coisas na vida que não entendemos porque não temos total conhecimento de todos os fatores que as influenciam.
O fato de eu desconhecer detalhes sobre algo não significa que ele não exista, mas nosso cérebro precisa de respostas e muitas vezes preenchemos as lacunas erroneamente. São as conclusões apressadas que muitas vezes nos causam problemas por suas consequências decorrentes de tais ilusões que nossa mente nos prega.
Eu, por exemplo, não entendo determinados comportamentos humanos que repudio. Curiosamente em minhas pesquisas descobri que não há consenso nem mesmo entre quem os estuda. Fico intrigado com um lado obscuro de nossa humanidade que leva determinadas criaturas de nossa espécie a cometer atos contrários a nosso instinto social.
Outra coisa que não entendo é como o Direito, sobretudo seus magistrados, encaram situações similares imputando-lhes resultados díspares. Que é uma ciência não matemática eu até compreendo; que não é perfeita, tudo bem; porém fico me perguntando como poderia tais resultados ter chego a tais desfechos. Como acadêmico é até compreensível que eu esteja ainda engatinhando em tais conhecimentos, daí manifestar tais dúvidas, mas como cidadão fica um sentimento estranho com ar de insegurança diante de tais decisões formais.
O exemplo mais prático disso é o da decisão de determinado julgado que isentou de culpa o réu que manteve relações sexuais com uma menor de doze anos por entender que pelo fato dela se prostituir não havia inocência nela que configurasse o crime de estupro de vulnerável; ou seja, ela sabia e possuía consciência absoluta de seus atos, daí porque não condenar o réu. Na contra mão, outra menina, em Minas Gerais, de 14 anos, matou a namorada do ex por não autorizá-lo a namorar ninguém que não ela. Nesse caso a justiça entende que a menor não possui capacidade cognitiva para entender o que fez pelo pouco desenvolvimento decorrente da idade, mesmo isso não acompanhar as pesquisas da neurociência- cada um se desenvolve de forma diferente e em tempos diferentes.
Não é porque isso me confunde que não haja explicação. Da mesma forma outras situações menos drásticas, porém não menos problemáticas, que ocorrem conosco cotidianamente, como o assédio moral, o bullying, a discriminação etc. me deixam sem respostas. Aqui, mais uma vez, o não entendimento não pressupõe a inexistência de uma explicação.
Há lugares que parecem possuir uma espécie de ecossistema astral de atividade de larvas, vermes e parasitas que se alimentam de atos de violência, ódio, raiva, inveja, rancor, entre outros sentimentos negativos. Esses elementares artificiais criados por pessoas antissociais, ou mesmo por aquelas com consciência, se agarram a vida que lhe foi manifestada e fazem de tudo para continuar sua existência, inclusive se reproduzindo num ciclo retro-alimentativo.
Talvez esteja em universos invisíveis a explicação para alguns fenômenos que não encontramos respostas definitivas por aqui. Antes que se tirem conclusões precipitadas, voltemos à assertiva de que não saber que exista não é pressuposto de inexistência e, pelo menos, teremos uma hipótese que possa explicar tais comportamentos destrutivos da harmonia e paz social.
Pensando na analogia dos vermes que são parasitas pensemos, então, em sua descrição: organismos que se associam a outros drenando-lhes os nutrientes para sobreviver, via de regra, com prejuízo ao organismo hospedeiro, num processo conhecido por parasitismo. Doenças infecciosas e as infestações de animais e plantas são causadas por seres considerados parasitas.
Um exemplo deste tipo de verme que infesta os humanos é o Ascaris lumbricoides; Ascaríase ou ascaridíase é uma doença causada por esse verme conhecido como lombriga, sendo encontrados no intestino. Este parasita possui corpo cilíndrico e alongado, podendo chegar até 40 centímetros de comprimento e causa vários desconfortos aos humanos (hospedeiros) como febre, diarréias, náuseas, convulsões e vários outros. Para evitar a infestação são necessárias medidas higiênicas como lavar as mãos antes de se alimentar, lavar frutas e verduras antes de ingerir, evitar defecar em locais inapropriados, entre outros.
Disto, eu nunca tive dúvida, isto é, de que os vermes preferem ambientes sujos e que se revolvem em fezes. Literalmente, vivem na (e da) bosta. Pois é, quem nunca chegou a conclusão que um assediador moral é uma merda? Pronto, agora você pode deixar a culpa de lado caso use tais expressões para caracterizá-los. Mas, por favor, não se esqueça de utilizar a analogia conjuntamente, ao justificar seus argumentos a alguém, para que minimize o impacto da grosseria. Ao fazê-lo, diga que é um desabafo fundamentado minimamente.
Perceba que essas larvas astrais contaminam e adoecem o ambiente por onde se reproduzem e seus hospedeiros defecam-nas por onde quer que passem através de suas ações. Daí, uma possível explicação para a motivação diária que possuem para fazer o mal- que vive e existe neles.
Outras ciências abordam explicações através de hipóteses e teorias de coisas que não viram ou provaram, como a existência de vida extraterrena, por exemplo. Da mesma forma, a teoria das larvas astrais é mais uma que se junta às centenas de tantas outras que tentam explicar o inaceitável: que alguém invada a vida de outro para lhe fazer mal.
Uma última explicação complementar é necessária: assim como os vermes parasitas físicos que se instalam em um hospedeiro, se nutrem das substâncias que o alimentam o forçando a comer mais, os astrais acabam forçando tais hospedeiros a praticar o mal para sorverem de tal energia a ponto deste se parecer com aqueles, o que faz com que ganhem a nomenclatura de vermes humanos, ou seja, criaturas que não evoluem espiritual ou moralmente, da mesma forma que um parasita é uma forma inferior de vida.
Sabedores disso, devemos, então, manter um ambiente mental, emocional e até espiritual o mais higiênico possível não nos deixando contaminar pela sujeira que determinados escravos do mal produzem.
Bom, peço-lhes licença, pois vou defumar meu ambiente com um pouco de sálvia para espantar qualquer larva astral que esteja por perto, pois elas não suportam seu odor, mas um incenso também funciona bem.
raniery.monteiro@gmail.com
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