Com a descoberta do pré- sal, estabilização econômica e política que anda na contramão dos principais países capitalistas, o Brasil passou de mera expectativa de promessa a um dos principais protagonistas do mercado global.
Obviamente isso desperta inúmeros e diversos interesses e a história é farta em documentar que isso pode atrair inclusive a guerra, seja qual for a mentira que os governos elaborem pra justificar uma intervenção militar. O exemplo mais recente é o Iraque.
Os países devem proteger seus principais setores estratégicos. Não bastasse invasões hostis, movidas pela ganância de grupos econômicos que manipulam os países têm- se ainda o crime organizado, o narcotráfico, a corrupção entre outros ilícitos que minam e destroem qualquer poder de competitividade de um país.
Sendo assim, se faz necessário a reação a altura contra estas forças destrutivas e criminosas.
Esse é o papel do Estado. É pra isso que ele existe, isto é, pra regular as ações da sociedade em prol do bem comum. É ele quem dá força ao poder normativo pra que este consiga impor –se de forma coercitiva, e, assim manter o equilíbrio social em níveis aceitáveis.
Um dos setores estratégicos e que vem mantendo o país com desejáveis índices de atrair investimentos é o portuário, do qual faço parte. Sou guarda portuário e atuo na fiscalização do cais santista.
Por esses dias surgiu uma notícia que muito nos animou e que ao mesmo tempo vem de encontro, de uma forma indireta, aos anseios de segurança da sociedade brasileira pra que tudo continue a caminhar de forma próspera pra todos.
Acontece que nesse momento as guardas portuárias de todo o país não são administradas ou comandadas de forma unificada e padronizada, mas a critério de cada administrador portuário. Evidentemente que isso causa inúmeras distorções e problemas, portanto já se faz necessário a muito tempo uma mudança estrutural nesse sentido.
Quando me deparei com a notícia, confesso que fiquei um pouco reticente e incrédulo, mas logo obtive algumas respostas de fontes seguras e do próprio site que noticiou as informações que me autorizou a reproduzi- las abaixo:
Após a aprovação do PL - Projeto de Lei nº 5982, restando apenas o referendo do Senado autorizando o porte e o uso de arma de fogo para a Guarda Portuária que atua nas companhias docas do país, a SEP - Secretaria Especial de Portos já prepara outra novidade para o setor com a criação de uma subsecretaria nacional para tratar das questões referentes à corporação. O objetivo da medida será readequar as atividades da GP, unificando e padronizando suas várias administrações através de um único modelo de gestão, subordinado diretamente à SEP e não mais às direções das estatais.
Atualmente as Guardas Portuárias, com exceção das atribuições previstas da legislação vigente e correlatas, são administradas de maneiras independentes por executivos oriundos dos mais variados seguimentos, como da iniciativa privada, empresas públicas, incluindo funcionários de carreira, alguns das próprias estatais, ou até mesmo membros da Marinha do Brasil. Dessa forma, as discrepâncias administrativas, técnicas e operacionais são notórias e se acentuam cada vez mais, gerando comparações e parâmetros que resultam em um desgaste político natural, e desnecessário, ao ministro Leônidas Cristino. Um claro exemplo disso é o recente episódio envolvendo os bombeiros do Rio de Janeiro, que apesar de aparentemente solucionado deixou arranhada a imagem do governador Sérgio Cabral Filho.
Dessa forma, a SEP pretende tornar os serviços e as operações mais eficazes e harmoniosos, com mecanismos de desempenho parelhos e estrategicamente unificados, que serão coordenados pela futura subsecretaria. A formatação da "nova" Guarda Portuária está em fase final, e na SEP, em Brasília, o secretário executivo Mário Lima Júnior já trabalha na busca de um nome com perfil estritamente técnico, conforme orientação da presidente Dilma a Leônidas Cristino. Com a criação de uma secretaria específica para tratar da segurança nos portos administrados pelas companhias docas estatais, o governo pretende dar à Guarda Portuária o mesmo status da Polícia Federal, cuja Direção Geral fica na capital federal, havendo unidades de superintendências em todas as capitais do país.
Assim como a PF é subordinada ao Ministério da Justiça, que tem à frente o ministro José Eduardo Cardozo, a Guarda Portuária nacional estará ligada a subsecretaria (ou diretoria) da Secretaria Especial de Portos, que tem no "leme" o ministro Leônidas Cristino. A personalização da gestão inclui desde os assuntos estratégicos mais importantes e de interesse nacional, passando pelas questões já atribuídas legalmente à corporação, ações táticas, controle de acesso, descaminhos e etc., bem como equiparação média de salários e benefícios, padronização de uniformes, planos de carreira, entre outros.
FalaSantos
Segue resposta que deram quando indaguei- lhes sobre a exclusividade das informações:
Prezado Monteiro
Inicialmente queremos lhe agradecer pelo encaminhamento, ressaltando que sua opinião é muito importante para nós. Entretanto, cabe-nos um reparo diante de sua manifestação: é prerrogativa do jornalista resguardar o sigilo de sua fonte (Artigo 5º, inciso XIV, da Constituição Federal).
Além disso, evidente que iremos preservar tal fonte até para não perdê-la sob o ponto de vista jornalístico (Artigo 5º do Código de Ética dos Jornalistas). Portanto, entendemos o seu "incrível", como uma homemagem ao nosso modesto "furo" de reportagem, e nisso tem toda razão: furamos os grandes. Tão logo tenhamos novas notícias, furos ou não, publicaremos.
Finalmente, vale dizer que é política do portal não personalizar nenhuma matéria assinada como "Falasantos", cabendo a toda sua equipe total responsabilidade. À ela cabe, ainda, os poucos elogios e as muitas críticas, que serão sempre muito bem aceitas.
Um forte abraço e sucesso no seu blog
Equipe Falasantos
Raniery:
Entendi,
na realidade não é nada contra vocês, mas acredito que é compreensível a minha apreensão por ter que lidar todos os dias com pessoas altamente manipulativas e mau intencionadas, o que também deve ser de seu conhecimento.
Na continuação falei com um amigo que está no sindicato (Sindaport) e que me disse que a informação postada por vocês está correta, portanto ao que parece a coisa está bem encaminhada.
Finalizando, quero agradecer pelo retorno, atenção e compreensão, além de parabenizá- los pelo furo e pedir autorização p/ replicar a matéria no meu blog com os créditos ao site, evidentemente.
Grande abraço a todos.
Caro Raniery Monteiro
Assim como vc e sua Guarda Portuária, também temos problemas na área da comunicação, principalmente entre os jornalistas, e por isso a nossa união é fundamental.
No mais, fique a vontade para postar a matéria/crédito em seu blog. Aliás, parabéns por ele, bastante dinâmico e interessante, ao qual desejamos continuidade de absoluto sucesso.
Equipe Falasantos
Segundo minhas fontes, ao que parece, o conteúdo dessas informações procede, e, sendo assim, por uma questão de cautela vamos aguardar o desenrolar do processo para poder saber com exatidão sua real dimensão, impacto e conseqüências e se tudo transcorrer como descrito na matéria, comemorar a valorização de uma corporação que só aqui em Santos é quase
Dicas de como checar informações que estão nas redes sociais
raniery.monteiro@gmail.com
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