Só quem vivenciou ou está passando por assédio moral sabe dizer qual a real extensão dos danos que este causa. É um fenômeno que acompanha a humanidade, mas só recentemente vem sendo estudado e pesquisado por especialistas.
Quando a agressão começa, dificilmente consegue- se definir o que está ocorrendo e a confusão é a única certeza. O agressor sabe e conta com isso.
Mas, uma vez que a vítima passa a compreender o que está acontecendo, começa a se defender ou buscar soluções para o problema.
Sendo assim, identificar como age o agressor está entre as muitas informações que devemos levar em consideração, pois ele, com certeza, a conhece e sabe exatamente como utilizá- las pra causar a desestabilização da vítima.
Uma das coisas que desperta no assediador o desejo de perseguir alguém, é seu sadismo, ou seja, sua compulsão em causar sofrimento, transtorno e humilhação no outro.
Outra coisa que dispara seu instinto hostil são as qualidades intrínsecas de seu alvo, pois como o agressor é um ser vazio, precisa diminuir alguém pra se auto afirmar; basta que este apresente algum requisito positivo pra justificar uma agressão. Racionalização seria o termo mais adequado pra explicar este tipo de comportamento.
O assediador moral é uma espécie de autômato, isto é, parece gente, mas é uma casca oca que vê o outro como algo que o completa, ou melhor, que possui o que ele não tem. Desta forma ele desenvolve uma inveja da pessoa e seu objetivo é tirar- lhe tudo o que for de qualidade, pois só assim consegue se projetar. Daí as críticas, ofensas e rebaixamentos comuns nos seus diálogos. Nada, em absoluto, que a vítima faz é bom ou tem valor. Sempre será desmerecida e diminuída de forma sistemática.
O grupo, no primeiro momento, se confunde e chega a pensar que a pessoa que está diante do ataque teria feito algo que legitimasse o furor do chefe. Parece lógico pensar assim, afinal, “manda quem pode, obedece quem tem juízo” segundo a doutrina servilista que nos condiciona desde que nascemos.
Agora, se o subordinado ou colega é mais qualificado que o invejoso, então será preciso descartá- lo de qualquer maneira, e, no fim, tudo será desculpa pra pisar em nele.
É o mundo do perverso e do cruel, onde, não somente os fins justificam os meios, mas destruir pessoas é um estilo de vida apreciado e que demonstra uma aura de forte e esperto. Nesse mundo, não há espaço pra pessoas fracas com discursos de ética e moral. Não! O instinto predatório e competitivo, que permite a devastação de pessoas, é apreciado e incentivado.
Levar vantagem sobre os outros é sinônimo de inteligência e o egocentrismo é o escopo a ser atingido. São os valores psicopáticos levados ao seu ponto máximo.
É o mundo do perverso e do cruel, onde, não somente os fins justificam os meios, mas destruir pessoas é um estilo de vida apreciado e que demonstra uma aura de forte e esperto. Nesse mundo, não há espaço pra pessoas fracas com discursos de ética e moral. Não! O instinto predatório e competitivo, que permite a devastação de pessoas, é apreciado e incentivado.
Levar vantagem sobre os outros é sinônimo de inteligência e o egocentrismo é o escopo a ser atingido. São os valores psicopáticos levados ao seu ponto máximo.
Estes vampiros, nada lembram os dos filmes de Hollywood que encantam as adolescentes deslumbradas. Os do mundo real, sugam suas presas pra poder alimentar sua crueldade e esvaziá- las de suas vidas. Tudo será sorvido: a alegria, o sorriso, a satisfação e não será admitido nada que possa deixar o outro feliz.
O principal alvo de um agressor moral é a auto estima daquele que foi escolhido pra ser destruído. A humilhação sistemática, desumana e que viola os direitos e garantias individuais serão deflagrados sem dó e nem piedade. No começo a ação é velada, mas mesmo depois de descoberto suas intenções diante de todos, eles não param e passam para o ataque aberto.
Traçar o perfil do agressor, portanto, permite que aquele que está debaixo de seus ataques possa formular uma estratégia eficiente de defesa que anule suas ações malévolas.
Seja qual for a tática utilizada este é o primeiro passo: conhecer o inimigo.
raniery.monteiro@gmail.com
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