O assédio moral não pode ser caracterizado por uma única e/ou isolada atitude. Como subtipo de violência está circunscrito a uma infinidade de ações de difícil detecção.
Sua principal estratégia consiste exatamente no disfarce das intenções do agressor, o que pressupõe um elaborado complexo de atitudes que aos poucos minam a resistência da vítima e anulam sua capacidade e poder de vontade.
Na verdade é a soma de diversos atos que culminam na derrota da vítima e não uma agressão isolada. Além do mais, dificilmente o agressor atua sozinho, mas conta com agentes subservientes que sentem uma necessidade doentia em se submeter ao perverso e sua violência.
É uma relação que anula qualquer forma de valor, princípio ou ética, pois o que está em jogo é o ego do assediador que domina e o escraviza o servil como se fosse uma criança mimada em corpo de adulto. Tanto que o processo acaba adquirindo característica de jogo- de poder.
A deformidade de caráter do agressor faz com que ele se sinta inadequado e para se ajustar psicologicamente lança mão de mecanismos de humilhação e coação para provar se valor. À medida que o processo de destruição se torna cada vez mais complexo, dependendo da reação da vítima, novas alianças e tipos de agressão precisam ser desencadeados por parte do assediador para que consiga seu intento.
Em determinado momento pode-se perder o controle e objetivos iniciais. É quando tudo se transforma numa verdadeira bola de neve de acontecimentos. Fica claro a dificuldade de se entender o que de fato está ocorrendo, pois é difícil crer que alguém possa atacar outro por um transtorno de comportamento. O que nos vem à mente é que seria preciso um fator gerador plausível que despertasse o mecanismo de defesa do agressor, aliás, de qualquer um de nós.
E é justamente aí que o assediador encontra sua melhor arma: a imprevisibilidade e a lógica reversa. Tanto que um dos primeiros sintomas que a vítima sente é o da confusão, chegando até mesmo se culpar reproduzindo o discurso do assediador.
Pessoas completas não admitiriam atacar alguém simplesmente porque possui qualidades que não têm, mas somente para se defender legitimamente. Já as perversas necessitam alimentar sua morbidade tanto quanto vampiros do sangue de suas presas.
A comparação com a teia que a aranha tece é pertinente, dada a complexidade de emaranhados que o assédio moral desencadeia. Inclusive, no que diz respeito às próprias reações de cada um- que depende do grau de sensibilidade e resistência intrínsecos. O que para um não é nada, para outro é muita humilhação. É uma questão de grau pessoal. E neste aspecto não se condena aquele que é mais sensível, mas corrige-se as próprias posturas dentro de um mínimo ético.
Talvez seja está complexidade em entender o fenômeno deste tipo de violência moral que faz com que grande número de pessoas sequer saiba do que se trata. Surge daí a importância em suscitar a discussão deste tema polêmico para motivar as pessoas, de um modo geral em entendê-lo.
Raniery
raniery.monteiro@gmail.com
@Mentesalertas
http://mentesalertas.tumblr.com/
http://mentesalertas.wordpress.com/
Sua principal estratégia consiste exatamente no disfarce das intenções do agressor, o que pressupõe um elaborado complexo de atitudes que aos poucos minam a resistência da vítima e anulam sua capacidade e poder de vontade.
Na verdade é a soma de diversos atos que culminam na derrota da vítima e não uma agressão isolada. Além do mais, dificilmente o agressor atua sozinho, mas conta com agentes subservientes que sentem uma necessidade doentia em se submeter ao perverso e sua violência.
É uma relação que anula qualquer forma de valor, princípio ou ética, pois o que está em jogo é o ego do assediador que domina e o escraviza o servil como se fosse uma criança mimada em corpo de adulto. Tanto que o processo acaba adquirindo característica de jogo- de poder.
A deformidade de caráter do agressor faz com que ele se sinta inadequado e para se ajustar psicologicamente lança mão de mecanismos de humilhação e coação para provar se valor. À medida que o processo de destruição se torna cada vez mais complexo, dependendo da reação da vítima, novas alianças e tipos de agressão precisam ser desencadeados por parte do assediador para que consiga seu intento.
Em determinado momento pode-se perder o controle e objetivos iniciais. É quando tudo se transforma numa verdadeira bola de neve de acontecimentos. Fica claro a dificuldade de se entender o que de fato está ocorrendo, pois é difícil crer que alguém possa atacar outro por um transtorno de comportamento. O que nos vem à mente é que seria preciso um fator gerador plausível que despertasse o mecanismo de defesa do agressor, aliás, de qualquer um de nós.
E é justamente aí que o assediador encontra sua melhor arma: a imprevisibilidade e a lógica reversa. Tanto que um dos primeiros sintomas que a vítima sente é o da confusão, chegando até mesmo se culpar reproduzindo o discurso do assediador.
Pessoas completas não admitiriam atacar alguém simplesmente porque possui qualidades que não têm, mas somente para se defender legitimamente. Já as perversas necessitam alimentar sua morbidade tanto quanto vampiros do sangue de suas presas.
A comparação com a teia que a aranha tece é pertinente, dada a complexidade de emaranhados que o assédio moral desencadeia. Inclusive, no que diz respeito às próprias reações de cada um- que depende do grau de sensibilidade e resistência intrínsecos. O que para um não é nada, para outro é muita humilhação. É uma questão de grau pessoal. E neste aspecto não se condena aquele que é mais sensível, mas corrige-se as próprias posturas dentro de um mínimo ético.
Talvez seja está complexidade em entender o fenômeno deste tipo de violência moral que faz com que grande número de pessoas sequer saiba do que se trata. Surge daí a importância em suscitar a discussão deste tema polêmico para motivar as pessoas, de um modo geral em entendê-lo.
Raniery
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