Mais um ano termina e o Mentes Alertas está com o sentimento de dever cumprido.
Basta dizer que as repercussões do material postado aqui, juntamente com algumas ações tomadas resultaram em avanços significativos. Obviamente dentro de proporções devidas sem se auto-vangloriar em momento algum.
Muito mais como uma ferramenta para suscitar discussões que meio de se autopromover. Muito menos para se achar dono absoluto da verdade, muito mais como contribuidor de uma crítica a uma parcela da realidade percebida.
De qualquer forma resultados práticos ocorreram, como por exemplo, a inserção da proibição da prática de assédio moral em um regimento disciplinar da empresa que durante esses anos vêm cometendo esta agressão contra mim.
Ora, isso é muito bom, pois estende à todos os meus companheiros o benefício, ou a proibição de tal prática odiosa e sinaliza que a empresa está se abrindo para mudanças melhores. Bom, é que não se tenha assédio moral; mais do que a crítica pela existência réproba disso e demais repercussões.
Se compararmos o assédio moral a uma situação de incêndio, concluiremos que o fato se inicia de forma oculta, sem ninguém perceber e derrepente se alastra descontroladamente. É preciso, então, uma interferência enérgica e drástica para dominar o fogo que, por sua vez, resistirá em se extinguir. Posteriormente será preciso um processo de rescaldo, pois qualquer mínimo foco, pode suscitar o sinistro de novo.
Da mesma forma é o assédio moral, pois se sabe que os agressores não se conformam com a possibilidade de serem inibidos em atormentar vidas consumindo sua motivação. Eles estarão por lá, em algum canto tentando atear o incêndio. Portanto, se faz necessário estar bem atento e não relaxar totalmente, e, a qualquer menção, ou esboço de fumaça jogar um balde de água fria para que a energia consumidora da chama não se sinta à vontade para retornar.
O símbolo que escolhi para o Blog foi o de um farol que sinaliza ao navio onde pode navegar sem risco ao chamar-lhe a atenção para o perigo. Está ali, parece sem muita utilidade, mas tem grande efeito, sobretudo, quando se decide não dar a devida atenção à sinalização.
Com esta missão espero continuar a contribuir de forma cidadã para a formação de um mundo mais justo e melhor. Neste período encontrei pessoas que compartilharam comigo do mesmo tipo de problema e que decidiram se levantar e confrontá-lo, o que deixou-me extremamente feliz, pois se tornaram aliados numa luta inglória que deixa cicatrizes, mas que faz surgir o guerreiro que há em todos nós.
Vale lembrar da equipe de ações táticas que não apareceram, pois agiram anonimamente, mas nem por isso, com menor valor, pelo contrário até. Meu muito obrigado àqueles que entenderam o meu apelo e corajosamente decidiram denunciar os malfeitores. Sem a colaboração de cada um de vocês, talvez as coisas não avançassem ao ponto onde estamos.
E o que me deixou muito mais contente foi o fato de que preparamos o terreno para os colegas novos que vieram e sequer tiveram qualquer percepção do que ocorria entre nós. Mais ainda, demos uma resposta aos colegas que suportaram tudo e muito mais até o dia em que chegamos. Pra eles, eu tiro o meu chapéu, pois aguentar tanta injustiça e permanecer em pé não é pra qualquer um. Eu confesso: não aguentaria.
Então, que 2014 sinalize para um melhor momento onde as relações de trabalho fiquem apenas resumidas às questões profissionais e não a conflitos desgastantes e desnecessários motivados por egos magalomaníacos e projeções de distúrbios de personalidades perversas.
Um feliz Ano Novo à todos nós
Raniery
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