Segundo a teoria dos controles há três mecanismos que mantêm o comportamento dos indivíduos sob controle.
O primeiro deles é o autocontrole- Um padrão de comportamento ligado aos centros da moral no cérebro onde o indivíduo opta por fazer o correto convencionalmente aceito, ou seja, ele agirá de acordo com as regras sociais convencionadas. E cada um agirá assim dependendo do nível de sua consciência individual. Tais regras serão aprendidas desde a infância tenra começando no seio da família e se estendendo pelos diversos níveis sociais que o indivíduo interagirá ao longo da vida. Se os valores que aprendeu foram dentro de um padrão positivo, obviamente ele tenderá a reproduzi-los segundo o mesmo tipo, mas se crescer em ambientes onde aprendeu que o certo é ser desonesto e levar vantagem sobre os demais, com certeza devolverá isso ao corpo social, salvo exceções. Se, em família, o que recebeu foi respostas emocionais negativas tenderá a não se identificar com os valores desta sociedade.
O segundo fator que desvia as pessoas de comportamentos réprobos é o medo da punição pelo controle formal que a sociedade exerce sobre cada indivíduo através de sua organização jurídica. Quanto mais firme for a mensagem de que haverá punição em caso de conduta proibida maior será a inibição para o cometimento de crimes. Evidentemente que isso não ocorre de fato, pois o Estado não consegue punir de fato todos os crime cometidos e isso mesmo em países com legislações mais rígidas do que o Brasil.
O terceiro fator, e considerado por muitos o mais importante, é o controle social informal, ou, social. A sociedade (suas regras, a moral e outras normas sociais que não estão escritas em lei alguma) interfere em nossos centros de controle morais e nossa consciência e nos fazem sentir vergonha caso sigamos em direção contrária. Tais regras nos foram ensinadas por pessoas próximas e emocionalmente importantes – a mãe, a avó, o irmão mais velho, o grupo de amigos. Mas, é claro que tudo isso é influenciado por um sistema de justiça social que funcione equilibradamente e quanto mais legítimos os governantes e as autoridades, maior será o respeito da população às regras daquela comunidade. Em uma sociedade desigual, os menos favorecidos tendem a achar que regras tão injustas não se aplicam a eles, e a delinqüência aumenta.
O bem e o mal são conceitos relativos e alguns afirmam que derivados de uma mesma energia ou nascedouro e que, de fato, sequer existiriam. Gostam de exemplificar através de analogias tiradas da natureza como o fogo, a eletricidade, entre outras. Não há nem mesmo consenso se um ou outro são uma característica de nossa própria natureza.
E o que seria o bem e o mal? Segundo as diversas teorias o bem seria a qualidade de valor positivo, já o mal, o seu oposto, isto é, a qualidade de desvalorização. Na religião, ética e filosofia, a frase bem e mal refere-se ao resultado de condutas e comportamentos considerados moralmente positivos e na outra, os moralmente negativos. O bem é por vezes liga-se a reverência pela vida, liberdade, felicidade ou desenvolvimento humano, enquanto o mal é considerado o recipiente dos contrários.
Em "O trem das Sete" Raul Seixas diz: "òi, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral".
Em "O trem das Sete" Raul Seixas diz: "òi, olhe o mal, vem de braços e abraços com o bem num romance astral".
Na saga Stars Wars o bem e o mal são discutidos, mas considerados sob a perspectiva de uma força, energia, poder etc. Perceba que não existe no filme o "lado bom" da Força e o Lado Negro é um aspecto da própria Força. Nele não existe um bem absoluto nem um mal absoluto, mas o bem e o mal são condições relativas um ao outro. O yin-yang são dois conceitos do taoísmo, que expõem a dualidade de tudo o que existe no universo. Descreve as duas forças fundamentais opostas e complementares, que se encontram em todas as coisas. Portanto, tudo é relativo e não absoluto, e, em contínuo movimento. Não há mal absoluto ou bem absoluto, mas persegue-se o equilíbrio. Sob o ponto de vista taoísta, não é possível ter a luz sem também ter as trevas. Exatamente o que ocorre em Stars Wars. O filme separa o mundo o universo nestas duas condições quando afirma que os “maus” estão do lado escuro da força.
Conversando com um colega de trabalho sobre a influência que o ambiente de trabalho exerce sobre nossas vidas acabamos descobrindo que tínhamos muito mais coisas em comum que imaginávamos.
Chegamos a conclusão que se desenvolveu um padrão de acontecimentos decorrentes de tais influências que estaria perturbando o curso normal de nossas personalidades a ponto de condicioná-las. O mais engraçado é que aqueles que estão mais próximos de nós reagiam de forma similar mesmo sem nunca terem se cruzado.
Isso acabou fazendo com que concluíssemos se tratar de uma energia, ou força, que estaria atuando por de trás disso. Segundo os especialistas em medicina do trabalho o termo correto é fator psicossocial. Na realidade uma miríade de fatores concorrentes atuando simultaneamente que acabam por influenciar o comportamento do trabalhador.
Tais fatores não estariam necessariamente ligados a alguma ação deliberada como, por exemplo, a insalubridade de determinadas funções, como a nossa. Outras, por sua vez teriam ligação direta com a manifestação de determinados comportamentos como a desmotivação- é o caso do assédio moral.
Do conjunto deste bombardeio de influências e da força de seu impacto surgiriam, então, as respostas que esplicariam o padrão desenvolvido por duas pessoas distintas, com histórias de vida e desenvolvimento diferentes que passaram a manifestar comportamentos similares.
O que chamo de lado negro da força são exatamente as ações de assédio moral deflagradas por gestores que possuem intrinsecamente uma perversidade inata e que decidiram em algum momento de sua carreira caminhar pelo caminho antiético e imoral que a sociedade repudia.
Abrindo mão de suas consciências adotam comportamentos inescrupulosos e enxergam pessoas como coisas que não teriam direito a dignidade passando a usá-las ou descartá-las ao seu bel prazer, segundo suas conveniências, intenções e objetivos. Caso qualquer delas os incomodem ou atrapalhem deflagram processos persecuritórios para tirá-las de seus caminhos. Produzem, então, o desequilíbrio nos ambientes de trabalho.
Uma vez que os ambientes encontram-se em estado de desequilíbrio, o próprio inconsciente coletivo passa a alimentar uma energia densa e negativa que com sua força magnética acaba interferindo nos processos emocionais das pessoas. O resultado é um estado geral de desânimo, ceticismo, negatividade, falta de perspectiva que acaba descambando para o apagamento das pessoas. Algumas chegam a adoecer emocionalmente, tal o poder desta força negativa.
Portanto, concluímos que deveríamos adotar algumas medidas protetivas e usar nossos sabres de luz devidamente para neutralizar o poder dessa força destrutiva sobre nós. Curiosamente descobrimos que estávamos fazendo, até nisso, coisas similares. Pode-se dizer que tais forças, ou fatores psicossociais são aspectos de uma guerra universal dado os padrões que emergem de seus processos.
A questão é que lado da força escolheremos para lutar. Já não dá pra dizer somente: “que a força esteja com você”. Mas, que lado da força você está!
Leia também: Abaixo o monopólio do mal
Raniery
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raniery.monteiro@gmail.com
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