Pular para o conteúdo principal

Mestres do disfarce


"Os apuros de Penélope" foi um desenho criado pelos estúdios Hanna Barbera's em 1969.


"Penélope", nossa heroína era uma garota linda, ingênua e, é claro, charmosa. Sendo herdeira de uma vasta fortuna, vive em apuros constantes, sob a vigilância severa de seu tutor "Silvestre Soluço".

Mas o que a jovem não sabe é que Silvestre na verdade é seu arqui-inimigo "Tião Gavião" que recebe ajuda dos seus fiéis malfeitores, os "Irmãos Bacalhau".

Mas sempre que a situação piora para Penélope, surgem os seus protetores, a "Quadrilha de Morte" (Domdom, Chorão, Zippi, Pestana, Yak Yak) e o seu maravilhoso carro "Choog A Bum".

Preste atenção que o seu principal inimigo era justamente quem deveria cuidar dela, e, em quem Penélope depositava total confiança, já que sequer imaginava quem ele era na realidade, tal a capacidade de dissimulação e teatralidade do vilão.

Da mesma forma são os sociopatas, que se disfarçam de gente comum, igual a mim e a você, e que aparentam ser acima de qualquer suspeita.
Basta prestar um pouco mais de atenção, no entanto, que sua verdadeira face se mostra.

No trabalho, são "profissionais" exemplares, com uma ficha limpa (por eles mesmos, é evidente) e fazem questão de sujar a de quem está em seu caminho caso sejam assediadores morais. Aliás, montam seus esquemas justamente para configurar que o alvo de seu ataque é desqualificado, indisciplinado ou insubordinado entre outras situações.

Na família, são os manipuladores, chantagistas emocionais, intrigueiros, sempre se fazendo de vítimas para ganhar a proteção ou empatia dos desavisados, de pais que elegem seus favoritos ou que se fazem de cegos.

Nos relacionamentos, são os controladores, devastadores emocionais... os Don Juans da vida.
Nas relações sociais, são os invejosos, fofoqueiros, maledicentes e por aí vai.

Eles estão em toda parte (em menor número, é verdade) e causam devastações por onde passam como verdadeiros gafanhotos.

Portanto, se você é um daqueles que não avalia as pessoas de forma assertiva, cai na conversa de qualquer "amigão", não compara o que se diz com o "como" se comporta, você é um sério candidato a ter sua vida virada de cabeça para baixo já que é um alvo fácil desses predadores oportunistas.

"A gente resiste muito a acreditar na existência do MAL enquanto prática humana! Mas ele está aí, vizinho, rondando cada um de nós, e a gente nem se dá conta! “O que assusta nessas pessoas é que eles parecem tão comuns, tão gente igual à gente.”Glória Perezescritora e novelista

Raniery


raniery.monteiro@gmail.com
@Mentesalertas

http://mentesalertas.tumblr.com/
http://mentesalertas.wordpress.com/


Comentários

  1. De bom só o Tião Gavião, a novelista poderia não ter tanto medo assim de seus fantasmas.. rs.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Ninguém chuta cachorro morto

A expressão significa que as pessoas não atacam quem não tem valor, é insignificante, medíocre, mas alguém que possui características ou qualidades que incomodam e por isso as ameaça, daí porque utilizarem deste recurso numa tentativa de a diminuírem de alguma forma ao mesmo tempo em que se projetam. É da natureza de determinadas pessoas, que por uma inadequação interna, sentirem-se inferiores a outras, não pela suposta superioridade destas, mas pelo seu desajuste psicológico. Por isso, para alcançar o equilíbrio de seus centros emocionais praticam uma espécie de projeção imputando ao alvo de sua fúria seus próprios fantasmas internos. Este recalque as leva, então, a inventar boatos, viver em mexericos pelos cantos, disseminar a intriga e semear a discórdia contra a pessoa que vêm como sua competidora natural. E como se sabe que o problema é do desajustado? Simples: percebendo que a cada momento se elege um novo candidato ao posto de alvo. Sempre alguém não prestará ou será

Eu, eu mesmo e...somente eu!

Nada é mais difícil de lidar que uma pessoa narcisista . Elas se acham a última azeitona da empada e acreditam que as pessoas existem para lhes servir.  Se arrogância pouca é bobagem, imagine, então, um ambiente que lhe proporcione manifestar a totalidade de sua megalomania. No filme de animação, Madagascar, há dois personagens que traduzem perfeitamente o estereótipo do narcisista: o lêmure, rei Julian e Makunga o leão ambicioso e ávido pelo poder. O rei dos lêmures, Julian, se ama e se adora e acredita firmemente que tudo acontece em sua função. Com uma necessidade incomum de ser admirado faz de tudo para aparecer e chamar a atenção. Já o leão Makunga encarna o tipo de vilão asqueroso, dissimulado e traiçoeiro que sempre está planejando algo pra puxar o tapete do leão alfa. Nas relações onde o assédio moral é forma de interagir, tais figuras estereotipadas e sem noção aparecem por trás de atos inacreditáveis de egocentrismo crônico.  Não podem ser contraria

Cuecão de Couro?

Se a vida imita a arte eu não sei, mas em 1994, na comédia pastelão Ace Ventura Detetive de animais, a vilã Tenente  Winky no final da trama é desmascarada e ...bem, assista ao filme. De qualquer forma, tão surpreendente quanto a inusitada cena foi a confissão de um Seal americano através de uma rede social- ele trocou sua foto em seu perfil pela de uma mulher alta, morena, com uma blusa branca, sorrindo diante de uma bandeira americana. E escreveu: "Tiro agora todos os meus disfarces e mostro ao mundo minha verdadeira identidade como mulher". Chris Beck trabalhou 20 anos no Navy Seals, um comando especial da Marinha dos EUA que frequentemente faz operações secretas em territórios inimigos. Mas ao longo desse período o oficial guardava um segredo pessoal: desde a infância, ele sentia que era uma mulher nascida em um corpo masculino. Leia mais... Quem imaginária nos seus mais loucos sonhos que um camarada machão como esse escondia uma princesa desesperada por carin