Toda guerra é imoral, não importa qual a justificativa, ela sempre visa a destruição, domínio ou controle. E o assédio moral é uma guerra que é travada nos domínios psicológicos e, como não poderia deixar de ser, é desigual.
De um lado, pessoas ou grupos delas que estão em situação vantajosa e de poder; de outro o trabalhador, que é hipossuficiente. Pode- se concluir, então, que também é um conflito desigual e covarde, já que não permite o equilíbrio de forças, sendo que, se isso ocorresse o agressor não poderia fazer o que faz.
A ação do agressor se dá de maneira subjetiva onde dissimula suas ações, age de forma desonesta e, portanto, não joga conforme as regras, evidentemente, pra não dar chance alguma da vítima se defender: a covardia é a tônica de suas vidas- são ratos de esgoto mesmo.
São exímios observadores do ambiente e sabem como ninguém detectar aqueles que são escrupulosos em seu agir. Prestam muito atenção naqueles que obedecem a ordens sem questionar, os que nasceram pra serem capachos, os questionadores, enfim, traçam o perfil de cada um daqueles que escolherão pra exercer seus domínios. Esses últimos, obviamente, serão suas vítimas prediletas. Mas, de qualquer forma, independe de qual perfil você se encaixa, tudo se inicia na mente anômala do agressor, e, se ele decidir te atacar o fará sem razão alguma.
Em meu caso, tudo teve a ver com o grupo que os induziu a me perseguir alegando que eu era um delator. Isso sempre me chamou a atenção já que, são os bandidos que não toleram delatores, e, se foi mesmo isso que fez com que me perseguissem, então, posso concluir com quem estou lidando, não é?
Agora, sendo a guerra, psicológica, então, toda ação tem como objetivo te deixar à beira de um ataque de nervos e te desequilibrar pra que você cometa erros, ou, não consiga se conduzir pela razão e, assim, estiver controlado totalmente por eles, ou seja, jogando conforme suas regras e em seu território.
Pois bem, quando percebi o segredo de sua estratégia- estudando o inimigo- passei a atacá- la.
A principal arma usada foi justamente chamar a atenção para o modo de agir deles através da informação. Que é poder, não é?
À medida que as pessoas iam se inteirando do que era o assédio moral e como agiam os agressores, pouco a pouco, aquela vantagem que tinham ia sendo anulada e eles foram gradativamente perdendo território. Eu sabia que meu maior trunfo era exatamente seu transtorno de personalidade que os impeliria a atacar mais pessoas sem que eles pudessem controlar seus impulsos, já que são, por assim dizer, escravos dele. Precisavam alimentar seu sadismo através da imposição de dor, sofrimento e transtorno a pessoas. E foi exatamente o que ocorreu.
A partir do momento que mais casos apareciam, aquelas informações que eu havia divulgado brilhavam, como num passe de mágica, e os colegas identificavam o que estava ocorrendo, e, paralelamente a isso, começaram a perceber que o que eu dizia, era verdade. Passaram a entender que o problema estava no agressor e não na vítima. Começaram as primeiras reações de defesa por parte de outros colegas. Agora, eu não estava mais sozinho.
A primeira linha de ação de um agressor é isolar sua vítima pra poder destruí- la facilmente. Por isso que eles incitavam seus cachorrinhos servis a me atacar, já que esses,eram do mesmo nível hierárquico que eu e poderiam mais facilmente influenciar o grupo. É a gangue do assédio. Como um bando, há o líder e seus asseclas que são os que sujam a mão propriamente dizendo.
Minha idéia era, então, anular a ação de isolamento e foi o que houve. Perderam, portanto, esta condição estratégica importante. Enquanto isso, eu ganhava aliados e vice versa. Cada colega que estivesse passando problema com um verme, lá estava eu dando um pouco de minha experiência, e, confesso, com um prazer inenarrável, já que ao mesmo tempo em que apoiava um amigo, dava o troco em um agressor por tabela.
Neste momento, os agressores passaram a ter problemas, já que mais gente, agora, reagia aos seus abusos.
O legal da estratégia da disseminação de informação é que ela se reproduz e se multiplica por si. Se o agressor usa do boato pra atingir a vítima, essa mesma ação pode ser usada contra ele na disseminação de informação. A única coisa chata é ter que agüentar o choro do agressor que não gosta de ver seu veneno agindo contra ele; mas, eu consigo conviver bem com isso.
Dentro da idéia de usar a fofoca contra o agressor, devolvendo a gentileza, é possível usar seus cachorrinhos como pombos correios, ao inverso. Explico: eles são os capachos do chefinho, não é? Fazem de tudo pra agradar seu dono, certo? Então, pense bem, se você fala alguma coisa, automaticamente o vermezinho irá contar ao chefe pra ganhar um agrado dele ou um ossinho, correto? Pois bem. Se você falar pra ele algo que quer que ele leve ao maldito, o rastejante o fará achando que está levando vantagem sobre você. Ora, segundo Sun Tzu, toda guerra se baseia no logro, e, sendo assim, basta que você dê ao agressor uma desinformação pra que ele se confunda e pense que você está indo para um lado, quando na realidade está indo para outro. Faça e veja como eles caem como patinhos. AH! Mas, isso não é ético! Não, o assédio moral que visa te destruir, realmente não é ético, por isso, que ética é para os éticos, mas para vagabundo e imundície, é pau e bomba. Vou me defender e não serei devorado só porque um atormentado quer.
A partir daqui, a guerra psicológica já começa a dar contornos de que seu agressor não mais está em uma zona de conforto. Isso o faz parar? Não. É provável que se enfureça mais, já que está com o ego ferido. Isso é mal? Não. Por que a partir de agora ele virá como um cachorro doido e agirá pelo impulso pra te dilacerar. Então, é muito ruim? Pelo contrário, é ótimo, pois na fúria cometerá uma série de erros que serão usados contra ele, já que cometerá inúmeras ilegalidades. Claro, tudo dentro de condições favoráveis, pois cada caso é um caso, mas se puder não exite em adotar esta tática.
Mantenha seu inimigo debaixo de pressão o tempo todo, faça- o ficar ocupado e não terá tempo de se fixar em você.
Procure se antecipar a cada passo dele e pra cada ação já possua uma carta em suas mangas.
Dentro desse conceito, quando eu voltei de minha licença médica, imaginei que eles voltariam a me atacar em determinado momento e caso isso ocorresse eu já sabia o que faria. Preciso dizer o que houve? Pois, bem: assim que o verme sentiu- se seguro, já que eu agia como se estivesse vulnerável ainda, ele deu o bote. Se eu te disser que foi a mesma pessoa que elaborou o inquérito contra as imundícies que me atacaram na rede social, você acreditaria? Pois, é!
No dia seguinte eu estava com meu advogado no MPT formalizando uma denúncia, e obviamente, fiquei quietinho agüentando a sequência de humilhações que se seguiram. Veja, que o período em que fiquei afastado foi de mais de dois anos, mesmo assim não pensaram duas vezes em me atacar.
Fiquei na expectativa do momento em que os promotores públicos viriam investigar a empresa e identificar a situação de terror que os covardes impunham aos pais e mães de família, ou seja, aos trabalhadores que empregam esforço e energia pra que um engravatado aqui e outro ali saia em fotos de jornais e ganhe prêmios à custa do choro e dor de um homem ou mulher honesto e descente. Não falo dos vagabundos, porque esses não são perseguidos por lá, mas saem nas radiografias dos chefes pendurados em seus testículos toda vez que estes vão ao médico.
Mas, essa é outra história...
raniery.monteiro@gmail.com
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