O termo viral surgiu quando, no início do ano de 2001, a profusão de serviços de e-mails gratuitos aconteceu e como forma de divulgá-los, uma frase, que convidava os leitores a experimentar o serviço, constava no rodapé da mensagem. Esses anúncios tinham como objetivo “infectar” quem recebesse esses e-mails,
enquanto o usuário acabava transmitindo a mensagem comercial para várias pessoas durante o dia, com relevância de conteúdo, com o endosso do remetente e sem nenhum esforço.
O termo hoje em dia pode ser descrito como qualquer estratégia que motive as pessoas a passarem uma mensagem interessante adiante pela rede. Esta técnica muitas vezes está patrocinada por uma marca, que busca construir conhecimento de um produto ou serviço ou relacionamento com o consumidor. Os anúncios virais tomam muitas vezes a forma de divertidos videoclipes ou jogos Flash interativos, imagens, e inclusive textos.
Já, vírus (do latim virus, "veneno" ou "toxina") são pequenos agentes infecciosos que apresentam genoma constituído de uma ou várias moléculas de ácido nucléico (DNA ou RNA). As partículas virais são estruturas extremamente pequenas, submicroscópicas. A maioria dos vírus apresentam tamanhos diminutos, que estão além dos limites de resolução dos microscópios ópticos, sendo mais comum para a visualização o uso de microscópios eletrônicos. Vírus são estruturas simples, se comparados a células, e não são considerados organismos, pois não possuem organelas ou ribossomos, e não apresentam todo o potencial bioquímico (enzimas) necessário à produção de sua própria energia metabólica. Portanto, são considerados parasitas intracelulares obrigatórios, pois dependem de células para subsistir. Além disso, diferentemente dos organismos vivos, os vírus são incapazes de crescer em tamanho e de se dividir. A partir das células hospedeiras, os vírus obtêm sua energia metabólica.
Fora do ambiente intracelular, os vírus são inertes. Porém, uma vez dentro da célula, a capacidade de replicação dos vírus é surpreendente: um único vírus é capaz de multiplicar, em poucas horas, milhares de novos vírus. Os vírus são capazes de infectar seres vivos de todos os domínios.
Uma vez estabelecido o conceito de vírus, por analogia, fica fácil compará-los com o seu equivalente humano. Os vírus humanos agem da mesma forma que os minúsculos agentes infecciosos da comparação. São invasivos, desprovidos de vida própria, não se importam de utilizar os outros pra obter o que querem, são debilitadores e destrutivos.
Você os encontra em qualquer lugar: é a piriguete da escola que não quer nada com a vida e utiliza de sua condição pra que algum bobão faça as tarefas pra ela; o parente que não sabe fazer outra coisa a não ser ficar na tua aba; e, claro, os parasitas laborais, entre tantas espécies. O mal que causam é evidente: aborrecimentos, chateações, abusos etc. Isso vai irritando, estressando e levando à exaustão.
Diálogo não adianta nada, pois seu sistema cognitivo não funciona na parte que produz reconhecimento moral. São incapazes de enxergar os incômodos que causam porque as pessoas (pra eles) não passam de hospedeiros que lhes fornecerão o que precisam pra estabilizar seus impulsos predatórios.
Desta forma, adoecem as pessoas que permitiram sua entrada seja da forma que for. E se estas já estiverem com o sistema imunológico baixo (autoestima), aí a coisa fica mais fácil. E se não estiver, farão de tudo pra conseguir.
Como são altamente infecciosos, facilmente tomam conta do ambiente e emulam as pessoas (principalmente as mais débeis) a se associarem a eles. É a multiplicação da perversidade. Seus parceiros, então, servirão como ferramentas de disseminação e propagação de suas intenções, não que necessariamente saibam disso, é claro, já que, como dito supra, são seres incompletos, que não conseguem atingir um ideal de objetivos ou felicidade por si sós.
A estratégia é tomar conta e dominar o ambiente e subjugar o hospedeiro sem a menos chance, e, detalhe: agem no maior silêncio, sem que ninguém desconfie de nada. Quando já se deu conta, a intriga, a fofoca e o escárnio já tomaram de assalto o infectado.
Nada mais resta senão combatê-los com os remédios que se tenha à disposição. No caso desses vírus- os legais. Aliás, é preciso estar vacinado contra eles pra poder ter alguma chance mínima de se defender à altura, pois, pelo fato de serem covardes, em sua essência, não terão dó ou piedade de quem atacarem.
Uma boa higienização ajuda bastante na tarefa de manter-se imune. Mãos e pés limpos diminuem bem a chance dos minúsculos oportunistas lhe fazerem mal. Portanto, saber onde anda e o que se faz, dificulta bastante o acesso deles sobre tua vida.
A única forma efetiva de que eles não nos façam mal é mantê-los longe de nós, seja lá como isso for possível. Porém, uma vez convidados a entrar não se farão de rogados e se servirão de tudo o que lhes for interessante até que seu hospedeiro não lhes interesse mais para, então, descartá-lo e trocá-lo por outro.
Até o presente momento desconhece-se qualquer forma de extingui-los, mas isso não quer dizer que não se possa, ou deva, combatê-los.
A conclusão é que ocorra ou não a infecção, medidas devem ser tomadas, caso contrário tais vírus se apossarão, se multiplicarão descontroladamente e causarão danos desproporcionais àqueles que subestimaram o seu real poder ofensivo.
raniery.monteiro@gmail.com
@Mentesalertas
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