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Vamos Dar Um Jeito Nisso?

Duas torcedoras tentaram invadir o gramado da Arena do Grêmio, na tarde deste sábado, pouco depois de os jogadores da Seleção Brasileira iniciarem atividade em campo. As fãs gritavam insistentemente por Neymar e promoveram verdadeira algazarra em um dos portões de acesso ao campo. A equipe de segurança do estádio rapidamente interveio, sem sobressaltos, para retirar as "Neymarzetes".

O fato chama a atenção para um tipo de comportamento negativo em que determinadas mulheres agem de forma interesseira trocando sexo por dinheiro ou vida boa, digamos assim. São posturas desvinculadas de qualquer escrúpulo, razão, bom senso e, nem mesmo tem a ver com uma possível e questionável beleza do jogador de futebol. O que se pretende é “se dar bem”. Nem mesmo o risco de ser esteriotipada faz com que determinadas moças declinem de ridículo comportamento.

Isso me lembrou que elas não estão sozinhas, pois existe um animal que age da mesma forma na natureza. É um tipo de mosca. Panorpa, como é conhecida as moscas-escorpião geralmente oferecem algum tipo de presente, quando pretendem seduzir a fêmea para acasalar - neste caso uma nutritiva bola de saliva regurgitada.

Perceba, então que nesse caso, tanto jogadores quanto marias-chuteiras são impressionantemente similares aos tais insetos no quesito sexo/ dinheiro. É evidente que nesse meio há exceções, como também não precisa ser exatamente ali pra que isso ocorra. Eu mesmo conheço um caso específico que aconteceu bem perto e que, ainda hoje, nos deixa perplexos do ponto onde as pessoas são capazes de ir pra conseguir coisas materiais.

E já que falamos da mosca-escorpião, cujo tesouro é a sujeira, afinal, todos sabemos que elas adoram uma “bosta”, não é verdade. Lembrei-me da história do sapo e do escorpião que descreve a natureza sórdida de tais pessoas. E, não podemos falar de falha de caráter sem deixar de tocar numa famosa lei brasileira que explora isso muito bem: a "Lei de Gérson". Uma paródia da Lei de Murphy que propaga: “se algo pode dar errado, não tem problema, pois mesmo assim, se dará um jeitinho de fazer parecer certo“.

É o jeitinho brasileiro, mas o fato é que a maioria do povo já se beneficiou com tal lei e ainda se gaba por ser mundialmente famosos por isso. No Brasil de forma cultural, a Lei de Gérson tornou-se um princípio pelo qual as pessoas agem de forma a obter vantagem em tudo que faz, sem dor na consciência, se aproveitando de todas as situações em benefício próprio, sem se importar com questões éticas ou morais. 

Hoje, a "Lei de Gérson" se associa a um perfil bastante característicos e nada positivo que tem repercussão nas mídias em geral, associados à disseminação da corrupção e ao desrespeito a regras de convívio para a obtenção de vantagens pessoais.

E de onde surgiu o termo? De Gerson o lançador da seleção brasileira, tri campeã do mundo em 1970 e que apesar de já ser um jogador consagrado na época, ficou marcado por uma  propaganda de cigarro. Depois de algum tempo, o  “Canhotinha de Ouro” declarou que ficou arrependido de ter sua imagem associada ao anúncio. Mas já era tarde, seu nome acabou batizando a Lei mais salafrária do país e ficou no imaginário popular. 

Com os escândalos políticos que ocorrem freqüentemente na política brasileira, tais como fraude, corrupção, lavagem de dinheiro, superfaturamento, entre outros, a expressão Lei de Gérson acaba surgindo na boca do povo todos os anos. Enraizada na cultura popular, virou sinônimo de levar vantagem acima de tudo, sem respeitar códigos éticos ou morais.


Ora, quem quebra tais códigos não vê problema algum em violar ou transgredir leis, regras, ou ordenamentos. Tudo é simplificado, ou melhor, racionalizado, caso alguma culpa ou algum enxerido comente (ou poste em um blog) algo a respeito. Aliás, quem é assim não lida muito bem com censuras pois se acham bons demais pra que um outro, qualquer, lhe critique.

Pois, bem seja no mundo do futebol ou no dia a dia estamos expostos às sujeiras e insetos que disseminam todo tipo de doença, que nos casos mencionados, são de ordem moral. Onde os fins justificam os meios, vale tudo pra se conseguir o pote de ouro no fim do arco-íris, afinal de contas, trabalhar, ser honesto, contribuir com a sociedade são coisas pra otário, não pra gente experta e malandra.

Então, façamos o seguinte: chutemos o balde e vamos todos, sem exceção, fazer a mesma coisa. Uns levando vantagens sobre os outros, que delícia! Não seguiremos ordem alguma, desobedeceremos as mínimas leis, faremos o que quisermos...se pelo menos sobrar
um de nós pra contar a história.

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