"Ninguém deita
remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o
velho, e a rotura fica maior".
"E ninguém deita vinho novo em odres
velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os
odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos". Marcos
2.21,22
A
associação de cultura organizacional com padrões comportamentais permite a
previsão de que um agressor crônico nunca mudará seu jeito de ser e agir.
Isso
pode ser mal ou bom, só vai depender do ponto de vista que se desenvolva sobre
a questão. Será mal quando isso promover lesão a direitos, mas por outro lado, sua repetição permitirá elaborar uma estratégia que permita a captação de
provas que serão utilizadas em ações judiciais oportunas.
É
interessante notar como a natureza processa a construção de um ser que será
moldado por inúmeros fatores como os sociais, psíquicos, genéticos etc. Dessa
forma uma personalidade será construída e agregada à pessoa. Nossos recursos
adaptativos entrarão em cena pra que isso ocorra.
Imaginando
que determinado ambiente terá influência sobre a construção de comportamentos somado ao tempo que se ficará exposto a isso, não será difícil concluir o quanto de ingerência
haverá nas respostas das pessoas que se adaptaram a ele. Ocorre que adaptar-se
não significa necessariamente se deixar absorver e se deixar escravizar por
valores, ainda mais se forem antiéticos, perdendo a capacidade de avaliar e decidir como agir ou ser. O que parece determinismo soa mais como
desculpa ou pretexto.
Acontece
que chega uma hora na formação da pessoa que dificilmente se voltará atrás,
ainda mais por nossa natural resistência a mudanças e, então, fixa-se padrões
de comportamento enraizados, que no caso de assediadores tende a se perpetuar.
Aqui é o caso de dizer que o que forma você é o que será exteriorizado ao
ambiente. Isso se transforma na natureza da pessoa e a caracteriza. E, se o que
alimenta determinadas pessoas é uma espécie “lavagem” de nada adiantará esperar
que não rolem na lama, afinal de contas, não dá pra exigir do porco o comportamento da ovelha. Da mesma forma, se pode prever o comportamento de
uma pessoa inescrupulosa independente da imagem que projete.
Uma
vez se adaptado a esses lugares o comportamento é reforçado pelos laços que se
estreitam nas naturais interações entre iguais. Apoio conquistado, não é
preciso mais a dissimulação e emerge a arrogância como característica de quem
se acha fortalecido, decorrência da sensação de impunidade. Sabe-se que os
egocêntricos costumam desprezar seus semelhantes e, daí, para se utilizar de
recursos inescrupulosos ou antiéticos, não será preciso esforço algum.
Recentemente,
fui notificado de que seria preciso comparecer ao departamento médico de minha
empresa e me deparei com uma criatura que sintetiza os conceitos aqui
descritos.
Como
lá não é necessariamente o paraíso da moralidade, esta “profissional”
demonstrou todo o seu caráter (ou falta de) no tratamento que me dispensou.
Como um jagunço de “coroné” passou a servir aos interesses de assediadores para
tentar cavar contradições em documentos fornecidos. Curiosamente, do mesmo
lugar onde falsificaram um em meu nome.
Que já encomendaram uma armação contra mim, estou ciente, tanto que notifiquei ao MPT sobre a ameaça, mas nunca deixo de me surpreender com suas incansáveis tentativas, o que corrobora minha hipótese sobre seus padrões comportamentais.
Que já encomendaram uma armação contra mim, estou ciente, tanto que notifiquei ao MPT sobre a ameaça, mas nunca deixo de me surpreender com suas incansáveis tentativas, o que corrobora minha hipótese sobre seus padrões comportamentais.
As
ações foram as de sempre, ofensas, intimidações, ameaças etc. Justamente de um
profissional que deveria ser um apoio ao trabalhador. Interessante mesmo é ouvir
os discursos moralistas dessas pessoas. Se não as conhecesse até acreditaria
nelas. Mas, a esta altura do campeonato já deveriam também saber que estou
esperto com eles e sei me defender. Não será uma carinha feia ou tentativas de
intimidações que me farão vacilar. Terão que trabalhar duro.
No
dia seguinte fui pesquisar na intranet sobre o trâmite do tal procedimento e,
sem surpresa alguma, constatei que nada há por lá, ou seja, mais uma rodada de
seu joguinho sujo; é óbvio que não disponibilizariam publicamente suas
patifarias pelo fato disso poder ser usado contra eles.
O
lado legal desta história, é que na sequência, passei por outro profissional,
que agora sim, me tratou com humanidade e urbanidade e podemos travar uma
conversa assertiva e produtiva e, em que pese, ele mesmo me disse que sabe como
é a estrutura de lá, e isso, estando a pouco tempo na empresa. Mas, esta
discrepância só se explica pelo fato da natural renovação de profissionais,
sobretudo, em empresas públicas, como a que eu trabalho.
Em
estruturas organizacionais obsoletas, corroídas e carcomidas por verdadeiras ostras que se
incrustaram por lá, o sentimento de posse permeia suas mentes distorcidas e
anômalas, potencializado pelo tempo em que praticam seus atos réprobos. São
pessoas, em sua maioria, sem chance alguma de recuperação. Incentivados pela
própria organização que fornece o habitat perfeito, estes parasitas infectam o
ambiente com seu veneno, o que impede qualquer um que queira produzir mudanças.
É
como diz o provérbio bíblico: não dá pra fazer remendo novo em roupa velha, pois
o estrago será maior. Da mesma maneira pessoas que esclerosaram suas
consciências e perverteram seus caminhos dificilmente retornam ao universo da
ética e da moral e passarão a vida inteira disseminando seu cancro por onde
quer que andem.
A
boa notícia é que sabendo disso, isto é, que eles não mudam, eu, que tenho
plena capacidade de controle destes centros de integração social e cognitivo o
faço, ou seja, mudo, pois sou completo e capaz disso. Quanto a eles, seu carma
será vagar pela Terra como zumbis: tem corpo, mas não tem alma, pois a muito
tempo já morreram e são apenas uma casca vazia e amaldiçoada.
Destarte,
independente de cada ação que produzam na tentativa de promover
desestabilização e transtorno, deve-se manter os centros de energia compactos e
não se deixar abalar mantendo assim o controle emocional e adotando-se as
medidas que forem cabíveis para se defender de seus ataques.
Resta
concluir que para o competente não faltará oportunidades ou portas que se abram
em ambientes saudáveis e produtivos, pois este não se comporta como roedores
urbanos dependentes de restos que são jogados no lixo, daí porque estar sempre
se qualificando, pois a sorte privilegia a mente preparada.
raniery.monteiro@gmail.com
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