O tema é exaustivamente abordado nas conversas informais entre funcionários insatisfeitos. É quando o chefe passa a ser identificado por estereótipos não muito agradáveis: “Lixo”, “Imbecil”, “idiota”, entre outros. O que parece uma mera “pegação no pé” pode estar apontando uma evidência. Os tópicos que foram elencados nas pesquisas são agressividade e aptidão no trabalho, e demonstraram que há fundamento na insatisfação dos funcionários: chefe incompetente, via de regra.
Uma das pesquisas, publicada no jornal Psychological Science, cita dados que afirmam que 37% (54 milhões) dos trabalhadores norte-americanos já foram humilhados, isolados ou tratados aos gritos por seus gestores e tiveram experiência de assédio moral no trabalho.
O estudo diz que um chefe agressivo demonstra uma paranóia por conta de seu ego ameaçado, e, o pior – isso ocorre por chegar ao cargo sem legitimidade, isto é, sem possuir a competência inerente à função.
Ser promovido pressupõe maior responsabilidade e, portanto, a capacitação necessária ao desempenho correspondente. Decorre daí que o chefe inseguro exterioriza sua fúria e agressividade por saber que não possui a capacitação para estar lá.
A pesquisa constatou que a adulação cessava a agressividade: fato comemorado entusiasticamente por puxa sacos de plantão e amplamente divulgado pelos fofoqueiros titulares. O autor da pesquisa afirma que o sentimento emerge, muito mais, por conta do ego ferido que pela ameaça ao poder.
Outra característica detectada é a da projeção da culpa por seus fracassos e a trapaça para dissimular uma imagem de progresso.
Qual seria, então, uma explicação plausível pela repetição deste fenômeno que prevalece pelas empresas afora? Falta de critério, treinamento, comprometimento...?
É inimaginável pensar que ainda estamos diante de práticas tão nocivas às empresas e, por mais absurdo que seja, todos os dias nos deparamos com este tipo de gestão trágica que, em longo prazo, traz mais prejuízo que lucro.
Pra mim, particularmente, a pesquisa não mostra nada de novo, ou que eu não tivesse identificado; por outro lado, ela reveste as informações com caráter científico que é oposto ao opinativo, e, portanto mais preciso.
Mas, o melhor mesmo de tudo é que estes comportamentos bizarros e nocivos, aos poucos, vão sendo identificados, ao mesmo tempo em que expostos, proporcionam às vítimas destes despreparados melhores condições de se defenderem.
Mas, o melhor mesmo de tudo é que estes comportamentos bizarros e nocivos, aos poucos, vão sendo identificados, ao mesmo tempo em que expostos, proporcionam às vítimas destes despreparados melhores condições de se defenderem.
"O diabo veste Prada" (2006), Maryl Streep faz uma chefe que intimida funcionários |
raniery.monteiro@gmail.com
Realmente, será que não fomos 'nós' que escrevemos o texto de tal pesquisa?
ResponderExcluirLembro-me de colega que referia-se à chefe como "vaca"... mas pelo que soube até "chorou" quando a tal 'bovina' foi mudada de 'pasto'.
Como você bem diz, não encontrei ali nenhuma novidade, apenas dá um "catáter científico" à coisa, que conhecemos muito bem, por não nos prestarmos a "adulação".
Graças a Deus!