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Aduladores

O ato de bajular, palavra que vem do latim bajulare significa adular servilmente. 

Não é difícil encontrar quem é, foi ou conhece alguém que pratica a bajulação. São denominados puxa-sacos. 

O melhor exemplo de bajulador é o funcionário de alguma empresa que, na tentativa de ganhar a confiança, crescer na empresa e/ou obter um aumento no salário, concorda com tudo que o chefe diz e é o primeiro a rir da piada contada por eles.

Estão por toda a parte, se multiplicam como vírus. Não possuem escrúpulos, nem amor próprio, brio ou personalidade - fazem qualquer coisa pra levar vantagem.

Eu tenho certeza que no momento que você se deparou com este título, alguma figura carimbada veio em sua mente, ou até mesmo um filme lhe sobreveio de alguma situação vivida. Eles são os cachorrinhos dos chefes medíocres.

São  manipulados, usados e sabem disso, no entanto, se submetem aos caprichos de tais narcisistas. Verdadeiros papagaios de pirata são os leva e trás dos inseguros e incompetentes, e podem tornar-se um problema em sua vida, até porque, são fofoqueiros compulsivos.

Embora isso soe como moralmente desprezível, por outro lado, revela algumas  facetas  da natureza humana, sobretudo, quando sob o controle de estímulos do grupo. Entrelaçados pela comunicação (boato/ fofoca) os submissos encontram na sujeição uma forma de se beneficiar ante uma figura hierarquicamente posicionada.

É o jogo político da essência primata em sua forma mais primitiva, é verdade, porém não deixa de chamar a atenção para os processos envolvidos como, por exemplo, as armações e os complôs que visam, entre outras coisas, destituir outros grupos tomando-lhes o território, por assim dizer proporcionando aos gestores de quinta categoria sempre ter à sua disposição uma safra nova de subservientes, até que a próxima repita o ciclo, sem exceções.

Conclui-se daí, que à partir do momento da deposição de uns e a assunção dos outros a retroalimentação só renova os atores num jogo sem fim. O que convenha-se não é em nada sustentável já que se esvai da mesma maneira como se constituiu. É como se embalassem o vento... 

Na verdade, tal tática não encontra mais razão de ser pela simples razão de não produzir a tão procurada eficiência nas buscada pelas organizações, haja visto, o globo enfrentar uma crise de identidade desencadeada pela incerteza de um futuro que se constrói em cima da competitividade, globalização, inovação tecnológica e mudanças sócio culturais em intervalos de tempos cada vez mais curtos.

De fato, empresas que ainda alimentam ambientes nocivos sem uma competitividade efetiva, mas predatória, acabam assinando sua própria sentença enquanto são engolidos por processos mais efetivos de condução de conflitos e produtividade dentro de um sentido ético-profissional.

Enfim, se de um lado os puxa sacos brotam da terra, de outro, sua ação não é duradoura como a do profissional que está alicerçado sobre suas competências e que no tempo e lugar oportunos terá recompensado o seu esforço.

De qualquer forma ninguém merece viver a vida rastejando sob os pés de..."gestores" de merda que exalam a sua incompetência tanto quanto os porcos o seu fedor nos chiqueiros.
Raniery

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