Pular para o conteúdo principal

Espíritos de vingança


Outro dia tive um sonho muito interessante e que me possibilitou enxergar algumas coisas sob novo prisma.

Lembro- me de estar num prédio comercial onde uma moça solicitava minha ajuda, pois havia um “espírito” hostil a ela do lado de fora. Fui averiguar e realmente constatei a presença de tal entidade.

Começamos então a discutir sobre o que ela teria feito pra deixá- lo raivoso daquele jeito, mas ela não sabia responder. Depois de acordado lembrei  de algumas conversas com meu amigo de trabalho Dalton, sobre o espiritismo, e, em especial, deste tipo de situação.

Voltando ao sonho, eu tive uma idéia e falei pro espírito vingativo se fosse oferecido a ele outro espírito pra que ele desse vazão a sua ira.  Não sei porque eu tive esta idéia, mas o espírito do sonho aceitou.

Depois de acordado eu fiquei refletindo sobre o sonho e me veio um insight sobre a atuação de determinadas pessoas que precisam hostilizar, humilhar, desprezar ou atormentar outras. Não tem nada a ver com a pessoa em questão (a vítima), mas com um padrão comportamental intrínseco do agressor que pra se realizar ou se auto afirmar, necessita pisar sobre um outro.

Veja que não há uma razão lógica ou uma reação por parte de quem agride. É claro que não estou falando de um conflito eventual, mas de uma situação reticente e reiterada por parte deste.

Da mesma maneira que a moça de meu sonho a pessoa que está sob ataque num primeiro momento não entende nada do que está acontecendo e não saberá dizer o que fez pra que aquilo lhe ocorresse. O Grupo de trabalho segue o mesmo ritmo e surgem as mais diversas teorias, e, se tiver um competidor social envolvido na história pode esperar que a bola de neve aumentará através da tática da fofoca maldita.

Onde eu trabalho a coisa é tão sedimentada que há até jargões instituídos como por exemplo, “a bola da vez”, pra designar alguém que está sob o alvo e a mira de um chefezinho frustrado. Por trás do jargão há um padrão de assédio moral prevalente e instaurado que se tornou cultural e se cristalizou naquele lugar.

Perceba que essas pessoas não são felizes como no caso do espírito de meu sonho. O ódio é a fonte de motivação e a maldade seu combustível e seguem como verdadeiros zumbis de pessoa em pessoa destilando sua perversidade sem nunca satisfazerem seus instintos. Por isso que num lugar como esses o fenômeno da violência moral nunca acaba, mas se perpetua e quem paga o pato em ações judiciais é a empresa, que se for séria mesmo decide punir esses patifes miseráveis. Se fosse minha empresa, pode ter certeza que eu me livraria desses vermes malditos.

Mas uma coisa é certa, esses espíritos das trevas não resistem ao poder da luz e se encolhem diante daqueles que lhes resistirão com a força do bem.


Raniery
raniery.monteiro@gmail.com
@Mentesalertas


Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eu, eu mesmo e...somente eu!

Nada é mais difícil de lidar que uma pessoa narcisista . Elas se acham a última azeitona da empada e acreditam que as pessoas existem para lhes servir.  Se arrogância pouca é bobagem, imagine, então, um ambiente que lhe proporcione manifestar a totalidade de sua megalomania. No filme de animação, Madagascar, há dois personagens que traduzem perfeitamente o estereótipo do narcisista: o lêmure, rei Julian e Makunga o leão ambicioso e ávido pelo poder. O rei dos lêmures, Julian, se ama e se adora e acredita firmemente que tudo acontece em sua função. Com uma necessidade incomum de ser admirado faz de tudo para aparecer e chamar a atenção. Já o leão Makunga encarna o tipo de vilão asqueroso, dissimulado e traiçoeiro que sempre está planejando algo pra puxar o tapete do leão alfa. Nas relações onde o assédio moral é forma de interagir, tais figuras estereotipadas e sem noção aparecem por trás de atos inacreditáveis de egocentrismo crônico.  Não podem ser contraria

Help Me Dr!

Viver é um processo de interação contínua e de exploração da realidade que está diante de nós. Sendo assim, aquilo que se apresenta e aparece diante de nossos olhos como real, nem sempre é de óbvia interpretação, encobrindo contextos mais complexos do que imaginaríamos, principalmente sob a superfície. Tampouco, significa isso dizer que não possamos identificar os elementos subjacentes de tal fenômeno. Que o assédio moral é um tipo de abuso tão antigo quanto o homem, não se discute, no entanto, nem sempre sua identificação (em termos de fatores) é tão simples, daí porque se dizer que é subjetivo. Inúmeras teorias dos especialistas emergem a cada momento e me permito levantar as minhas hipóteses, muito menos pra estabelecer um grau de informação científica, muito mais para suscitar em você a discussão sobre o tema. Pra fazer isso gostaria de utilizar os recursos da ficção científica para criarmos um contexto que nos possibilite explorar as inúmeras possibilidades que o fenô

Ninguém chuta cachorro morto

A expressão significa que as pessoas não atacam quem não tem valor, é insignificante, medíocre, mas alguém que possui características ou qualidades que incomodam e por isso as ameaça, daí porque utilizarem deste recurso numa tentativa de a diminuírem de alguma forma ao mesmo tempo em que se projetam. É da natureza de determinadas pessoas, que por uma inadequação interna, sentirem-se inferiores a outras, não pela suposta superioridade destas, mas pelo seu desajuste psicológico. Por isso, para alcançar o equilíbrio de seus centros emocionais praticam uma espécie de projeção imputando ao alvo de sua fúria seus próprios fantasmas internos. Este recalque as leva, então, a inventar boatos, viver em mexericos pelos cantos, disseminar a intriga e semear a discórdia contra a pessoa que vêm como sua competidora natural. E como se sabe que o problema é do desajustado? Simples: percebendo que a cada momento se elege um novo candidato ao posto de alvo. Sempre alguém não prestará ou será