Pular para o conteúdo principal

Reconquistando Território

Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada.
Ayn Rand 
Filósofa russo-americana

Diante da indignação do povo que saiu às ruas para protestar contra a sujeira que desgraça nosso país as afirmações da filósofa em 1920 parecem tão atuais quanto o que nos deixa consternados hoje.

Eu sei muito bem o que é sentir na pele a ação de pessoas corruptas, que transgridem qualquer forma de regra social ou legal, que se construiu na base da mentira, dissimulação, enriquecimento ilícito, troca de favores e influências, que possuem, por isso, quem os proteja e passe a mão em suas cabeças a ponto de todos se admirarem de sua capacidade de ficarem impunes.

Em lugares assim permeados pela sujeira e total falta de escrúpulos aquele que é do bem soa como ameaça da mesma forma que o vermífugo aos parasitas. Infelizmente, até os honestos acabam se entregando e emulados trocam de lado se contaminando numa orgia malévola como a de bactérias que infestam as poças de lama.

Como são hábeis manipuladores agraciados por um ambiente de pessoas acríticas ou de pouca capacidade de discernimento conseguem programar as mentes dos mais fracos para que sob seu controle sejam capachos debaixo de seus pés. Uma vez disseminado suas intenções pelo inconsciente coletivo e, criado o mito reverencial, se utilizam dos mecanismos paralisantes do medo e contam com a inércia das pessoas.

Veja que por conta de suas imundas conexões conseguem controlar os vários meios de influência dos ambiente onde atuam. Nas empresas, eles, então, estabelecem laços tenebrosos com outros (sujos como eles) e desta forma conseguem manipular as regras, ora se desviando delas, ora as utilizando de má fé contra seus desafetos.

É o jogo do poder; o jogo das cartas marcadas. Numa primeira análise não dá para vencê-los, pois se infiltram em cada ambiente, pois possuem um sistema de logistica eficiente que são os canos de esgoto de cada local (leia-se influências) e, basta um mergulho privada adentro e chegam aos destinos certos que lhe ampararão em suas falcatruas.

Mas, há um ponto fraco, e eles sabem disso; sua tática é perfeita quando se pretende a eliminação individual de pessoas, mas é extremamente frágil quando os números são outros, isto é, conseguem sufocar a resistência de peças individuais, mas seus métodos são ineficientes quando há a união de grupos de pessoas que decidiram não mais aceitar seus desmandos.

Foi o que se viu nas ruas de todo o país onde miríades de pessoas se tornaram um único organismo gigantesco formado pela soma de toda a indignação materializado pelo inconsciente coletivo.

Desta forma fica a lição de que uma vez mobilizado o grupo reage, não como uma caótica onda de pessoas individuais, mas com a força da coesão se tornando um ser poderoso a ponto de nem as forças de segurança poderem conter. O recuo e a intimidação se tornam, então, inevitáveis.

Quero aproveitar o prestígio dos leitores deste blog para conclamar que se junte a mim e, em prol de si mesmos, na luta contra os perversos, em especial, aos companheiros que tem sido submetidos a uma série de injustiças e perseguições. Sozinhos, somos mais vulneráveis, mas unidos, a situação se inverte.

Hoje, se pode facilmente fazer denúncias em diversos órgãos competentes como o MPT, por exemplo e de modo sigiloso que não é anônimo. Posso garantir-lhes que não terão seus nomes divulgados pela procuradoria e, portanto, não será preciso temer retaliações futuras. 

A única coisa que não podemos fazer é nos intimidar e respeitar o pretenso poder que estes seres sombrios possuem. Seu poder se restringe aos contatos sujos que possuem, mas não devemos lutar em seu território, onde são fortes, mas levá-los a enfrentar quem pode com eles, produzindo assim um equilíbrio de forças.

Visibilidade não é um tipo de realidade que um perverso goste muito, pelo contrário, a odeiam já que expõe suas nefastas intenções e os comprometem, pois chama a atenção de órgãos de investigação que se motivarão em saber o que está ocorrendo. Ocorre que, muitas vezes quando perde-se algo e passa-se a procurá-lo, acaba-se por descobrir aquilo que nem sabíamos que havia se perdido.

Por esse raciocínio, fica claro, então, que este tipo gente tem muito mais a perder, pois quem se revolve na lama, não se suja parcialmente. 

Toda forma de assédio moral é uma violação aos direitos e garantias fundamentais que avilta toda dignidade da pessoa humana que é inviolável, intransferível e inalienável. 

Portanto, se o Brasil acordou em relação aos desmandos de nossos políticos devemos estender isso em cada área da sociedade: no trabalho, no comércio, nas relações acordadas etc.

Ayn Rand-Filósofa russo-americana
Não se intimide, não se resigne, saia da inércia!



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eu, eu mesmo e...somente eu!

Nada é mais difícil de lidar que uma pessoa narcisista . Elas se acham a última azeitona da empada e acreditam que as pessoas existem para lhes servir.  Se arrogância pouca é bobagem, imagine, então, um ambiente que lhe proporcione manifestar a totalidade de sua megalomania. No filme de animação, Madagascar, há dois personagens que traduzem perfeitamente o estereótipo do narcisista: o lêmure, rei Julian e Makunga o leão ambicioso e ávido pelo poder. O rei dos lêmures, Julian, se ama e se adora e acredita firmemente que tudo acontece em sua função. Com uma necessidade incomum de ser admirado faz de tudo para aparecer e chamar a atenção. Já o leão Makunga encarna o tipo de vilão asqueroso, dissimulado e traiçoeiro que sempre está planejando algo pra puxar o tapete do leão alfa. Nas relações onde o assédio moral é forma de interagir, tais figuras estereotipadas e sem noção aparecem por trás de atos inacreditáveis de egocentrismo crônico.  Não podem ser contraria

Help Me Dr!

Viver é um processo de interação contínua e de exploração da realidade que está diante de nós. Sendo assim, aquilo que se apresenta e aparece diante de nossos olhos como real, nem sempre é de óbvia interpretação, encobrindo contextos mais complexos do que imaginaríamos, principalmente sob a superfície. Tampouco, significa isso dizer que não possamos identificar os elementos subjacentes de tal fenômeno. Que o assédio moral é um tipo de abuso tão antigo quanto o homem, não se discute, no entanto, nem sempre sua identificação (em termos de fatores) é tão simples, daí porque se dizer que é subjetivo. Inúmeras teorias dos especialistas emergem a cada momento e me permito levantar as minhas hipóteses, muito menos pra estabelecer um grau de informação científica, muito mais para suscitar em você a discussão sobre o tema. Pra fazer isso gostaria de utilizar os recursos da ficção científica para criarmos um contexto que nos possibilite explorar as inúmeras possibilidades que o fenô

Ninguém chuta cachorro morto

A expressão significa que as pessoas não atacam quem não tem valor, é insignificante, medíocre, mas alguém que possui características ou qualidades que incomodam e por isso as ameaça, daí porque utilizarem deste recurso numa tentativa de a diminuírem de alguma forma ao mesmo tempo em que se projetam. É da natureza de determinadas pessoas, que por uma inadequação interna, sentirem-se inferiores a outras, não pela suposta superioridade destas, mas pelo seu desajuste psicológico. Por isso, para alcançar o equilíbrio de seus centros emocionais praticam uma espécie de projeção imputando ao alvo de sua fúria seus próprios fantasmas internos. Este recalque as leva, então, a inventar boatos, viver em mexericos pelos cantos, disseminar a intriga e semear a discórdia contra a pessoa que vêm como sua competidora natural. E como se sabe que o problema é do desajustado? Simples: percebendo que a cada momento se elege um novo candidato ao posto de alvo. Sempre alguém não prestará ou será