Pular para o conteúdo principal

O temor dos assediadores



Segundo Heinz Leymann, um dos maiores especialistas em assédio moral, o comportamento do agressor obedece quase sempre ao propósito dele de encobrir ou camuflar suas próprias deficiências.


O medo ou a insegurança que experimentam em relação as suas próprias carreiras, sua própria reputação ou sua posição na organização impele-os a atacar outras pessoas.
Esse medo, essa insegurança são habitualmente determinados pela própria consciência de mediocridade que é posta em evidência, muito amiúde de maneira inconsciente, pela conduta profissional, ética, e respeitosa da pessoa que vem a ser selecionada como alvo.

Os sentimentos de inadequação apresentados pelos assediadores usualmente procedem, de múltiplas fontes possíveis: psicopatias, paranóia, transtornos narcisistas..., tendo, porém um mesmo efeito sobre o comportamento: a compulsão por fazer desaparecer do ambiente à volta do assediador ou assediadores aqueles estímulos que desencadeiam neles sentimentos patológicos de ameaça, vale dizer, a eliminação da vítima.

Autor: Iñaki Piñuel y Zabala
Edições Loyola

Eu mesmo vi isso ocorrer diante de meus olhos, quando um grupo decidiu destruir a vida de um colega, de uma forma que somente mentes frias e perversas poderiam fazer utilizando-se do próprio sistema da empresa e de dispositivos legais para tal.
Enquanto "cavavam a cova" do rapaz, se faziam de inocentes diante do grupo e no momento em que foram desmascarados declararam que foram obrigados a testemunhar contra ele, ou seja, covardia das piores.
Não contentes, ainda resolveram me atacar, criando uma mentira em minha ficha funcional alegando que eu os ameaçara.

Lembro- me muito bem que estive no RH para solicitar uma cópia do regimento disciplinar da empresa, o que me foi negado pela gerente do setor, fora os insultos e humilhações que a mesma me fez passar, e ainda tive que ir ao “inquisidor” (o funcionário que toma os termos do inquérito para gerar a punição forjada), pois teria dois inquéritos sobre mim e que eu seria punido; o detalhe é que eu estava afastado por motivo de doença profissional causada pelo assédio moral que passo.
O dito “inquisidor” disse-me que, se eu estava louco (referência à depressão) para Trabalhar, também o estaria para testemunhar a favor do colega. Perceba você que eu estava doente, e mesmo assim, de forma fria e cruel me tratavam como coisa qualquer e isso ocorre até hoje e não somente comigo.

Parece-me que desejam mesmo minha eliminação a qualquer custo, só que a coisa perdeu o controle e eles começaram a atacar várias pessoas na empresa e, eu me pergunto como fariam para demitir tanta gente sem chamar a atenção ao seu próprio comportamento criminoso?

O medo que toma conta de suas mentes malévolas desenvolve requintes de crueldade; o que ocorre é que, como são hábeis manipuladores, dissimulam suas ações, muitas vezes utilizando de desinformação seletiva através de boatos.

A única coisa que não suportam é a visibilidade, principalmente diante da lei, o que é lógico, já que são transgressores de regras sociais e criminosos por essência. Por isso, da importância de denunciar tais práticas desumanas.

Portanto, é preciso saber como funciona essas mentes perigosas para poder se defender.



Raniery

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Eu, eu mesmo e...somente eu!

Nada é mais difícil de lidar que uma pessoa narcisista . Elas se acham a última azeitona da empada e acreditam que as pessoas existem para lhes servir.  Se arrogância pouca é bobagem, imagine, então, um ambiente que lhe proporcione manifestar a totalidade de sua megalomania. No filme de animação, Madagascar, há dois personagens que traduzem perfeitamente o estereótipo do narcisista: o lêmure, rei Julian e Makunga o leão ambicioso e ávido pelo poder. O rei dos lêmures, Julian, se ama e se adora e acredita firmemente que tudo acontece em sua função. Com uma necessidade incomum de ser admirado faz de tudo para aparecer e chamar a atenção. Já o leão Makunga encarna o tipo de vilão asqueroso, dissimulado e traiçoeiro que sempre está planejando algo pra puxar o tapete do leão alfa. Nas relações onde o assédio moral é forma de interagir, tais figuras estereotipadas e sem noção aparecem por trás de atos inacreditáveis de egocentrismo crônico.  Não podem ser contraria

Help Me Dr!

Viver é um processo de interação contínua e de exploração da realidade que está diante de nós. Sendo assim, aquilo que se apresenta e aparece diante de nossos olhos como real, nem sempre é de óbvia interpretação, encobrindo contextos mais complexos do que imaginaríamos, principalmente sob a superfície. Tampouco, significa isso dizer que não possamos identificar os elementos subjacentes de tal fenômeno. Que o assédio moral é um tipo de abuso tão antigo quanto o homem, não se discute, no entanto, nem sempre sua identificação (em termos de fatores) é tão simples, daí porque se dizer que é subjetivo. Inúmeras teorias dos especialistas emergem a cada momento e me permito levantar as minhas hipóteses, muito menos pra estabelecer um grau de informação científica, muito mais para suscitar em você a discussão sobre o tema. Pra fazer isso gostaria de utilizar os recursos da ficção científica para criarmos um contexto que nos possibilite explorar as inúmeras possibilidades que o fenô

Ninguém chuta cachorro morto

A expressão significa que as pessoas não atacam quem não tem valor, é insignificante, medíocre, mas alguém que possui características ou qualidades que incomodam e por isso as ameaça, daí porque utilizarem deste recurso numa tentativa de a diminuírem de alguma forma ao mesmo tempo em que se projetam. É da natureza de determinadas pessoas, que por uma inadequação interna, sentirem-se inferiores a outras, não pela suposta superioridade destas, mas pelo seu desajuste psicológico. Por isso, para alcançar o equilíbrio de seus centros emocionais praticam uma espécie de projeção imputando ao alvo de sua fúria seus próprios fantasmas internos. Este recalque as leva, então, a inventar boatos, viver em mexericos pelos cantos, disseminar a intriga e semear a discórdia contra a pessoa que vêm como sua competidora natural. E como se sabe que o problema é do desajustado? Simples: percebendo que a cada momento se elege um novo candidato ao posto de alvo. Sempre alguém não prestará ou será