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Jogo da intriga: a estratégia que funciona.


Em a “Arte da Guerra”, Sun Tzu diz: “Perturbem o adversário, semeiem a dissensão entre eles, excitando o ciúme ou a desconfiança, provoquem a indisciplina, forneçam causas de descontentamento. A divisão fatal é aquela pela qual tentamos, por meio de ruídos tendenciosos, lançar o descrédito ou a suspeita, até no meio do inimigo,...”

Se há um meio de desestabilizar alguém e conseguir tira- lo do jogo é a milenar técnica de dividir para conquistar. E parece que funciona já que ainda hoje esse meio é bastante utilizado para exercer o controle sobre pessoas e grupos em diversas circunstâncias e ambientes.

Se pararmos pra pensar, promover o caos é uma estratégia inteligente; maligna, mas eficaz. Acontece que quem utilizá- la não deve ter escrúpulos por conta de não conseguir levar a cabo tal missão que envolve conflito de valores; a não ser que essa pessoa seja alguém sem consciência ou imoral.

E por que separar? Ora, o que é mais fácil, destruir várias pessoas ou uma de cada vez? É matemática, pensa o frio e calculista perturbador. Isolando alguém de seu grupo o torna muito mais vulnerável, e, é a tática do predador.
 
O maldoso é extremamente hábil na arte de jogar as pessoas umas contra as outras, transforma- las em rivais, promover a inveja e o ciúme. A sua técnica é simples: basta fazer insinuações, disseminar boatos, plantar a dúvida ou desenvolver a boa e velha fofoca.

A mentira também funciona muito bem se o objetivo é desunir as pessoas, e se a história contiver certa dose de “criatividade”, melhor ainda. Afinal, quem mente pode, também, exceder um pouquinho no condimento da maldade. Ainda mais se o alvo “merece”, e, sempre merecerá, já que foi elencada como alvo da intriga do perverso.

O ápice do sadismo de um assediador é ver dois indivíduos se digladiando, assistindo tudo de camarote para no final vê- los destruídos e, o que é melhor, sem ter que sujar suas mãos imundas.

No ambiente de trabalho isso ocorre por meio de maledicências, subentendidos, privilégios concedidos a um empregado em detrimento de outro, variação nas preferências, disseminação de boatos que nunca se saberá a origem também elencam o rol de armas de seu arsenal malévolo. E, lógico, não poderia deixar de citar as redes sociais como ferramenta de guerra psicológica eficiente na arte de destruir pessoas.

A importância de detectar um padrão comportamental por de trás de uma ação de assédio psicológico é saber como elaborar uma reação e estratégia de defesa à altura do oponente e, anulá- lo; ao invés de deixá- lo livre pra decidir, pelo livre arbítrio, não praticar tal ato réprobo, pois ele não o fará.

É preciso intervir de maneira decidida. Acontece que nem sempre isso é fácil, pra falar a verdade quase todo o tempo, mas não tem remédio- é preciso se defender ou ser devorado. 




"Estas seis coisas o SENHOR odeia, e a sétima a sua alma abomina:
olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente,o coração que maquina pensamentos perversos, pés que se apressam a correr para o mal, a testemunha falsa que profere mentiras, e o que semeia contendas entre irmãos. "
Provérbios 6: 16- 19 


Raniery
raniery.monteiro@gmail.com

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