Pular para o conteúdo principal

O que é e o que parece ser

No mundo do entretenimento nada fascina mais do que o cinema e a TV pela notoriedade, fama, prestígio e oportunidades que podem oferecer àquele que for descoberto. Há um quê de místico e glamoroso nesse universo; daí porque exercer tal atração sobre tanta gente.

As pessoas são capazes de qualquer coisa para estar em evidência. Veja você, o que fazem para aparecer nos realitys shows, nas novelas, no mundo da música ou estrelando grandes filmes. É a mais pura expressão do narcisismo humano.

Dentre tantas celebridades, gostaria de destacar uma que me chamou a atenção pelas características intrigantes e surpreendentes: estou falando do Gaguinho- cartoon apreciado pelo mundo afora.

Porky Pig (Gaguinho no Brasil) é um personagem de desenho animado criado pelo animador Friz Freleng, e participante das séries de animação Looney Tunes e Merrie Melodies dos estúdios Warner.

Personifica um porco e como diz seu nome, ele é gago. Por esse motivo, quase sempre demora a completar uma frase. É grande amigo do Patolino e como é bastante ingênuo, isso faz com que o pato queira prontamente se aproveitar dele.

Gaguinho estrelou o "Show do Gaguinho" (Porky Pig Show) em (1967). Participou de vários outros episódios em que é o dono do gato Frajola.


Quem se acostumou a assisti- lo desde a infância, sempre o viu como uma figura mansa, insegura, hesitante, porém de bom coração.

O que ninguém sabia, é que por trás daquela imagem de bom moço se escondia um ser nefasto, capaz de tudo para obter sucesso. É difícil de acreditar nisso, eu sei, mas é a pura verdade. “É o que dizem e o que falam por aí”.  Sei que é difícil de compreender, já que temos a tendência de confundir os personagens com os ídolos. E nisso, Gaguinho é bom! Convence as pessoas com um carisma irresistível e escondendo o seu verdadeiro aspecto sombrio. A mentira pra ele, nada mais é do que um esporte do qual só os melhores são capazes; Leva todos no bico com uma conversa agradável, jeitão de parceirão, piadista e que adora dar festinhas pra rapaziada. Uma pessoa assim convenha, não pode ser má: é o que pensamos, não é?

Além dessas características “marcantes” nosso garoto é, digamos, muito religioso: faz parte de uma seita secreta e é adorador de um deus pagão que reflete muito bem o seu lado narcisista- o deus Sol. Assim como a divindade romana, ele quer ser o centro das atenções e ter todos orbitando ao seu redor- iluminados pela glória de sua beleza (?).

Quem convive de perto com ele, porém, sabe que está diante de um ser frio, egocêntrico e de uma perversidade ritualística. Seus subordinados, que o digam, principalmente os que sofreram de assédio moral em suas mãos.

Conhecido como “espírito de porco” entre os empregados, não mede esforços na hora de persegui- los. Como não é chegado em cumprir as leis trabalhistas (aliás, nenhuma), forja características de indisciplina sobre quem decide caçar; muitas vezes contando com seus capangas, que prontamente colocam- se à disposição do chefinho para testemunhar contra o infeliz em ações judiciais. Acerta tudo com o departamento de RH e o sindicato, já que possui muitos contatos por todos os lados, e assim, devora fácil aquele que, depois de usado, será descartado.

Nosso porco adora dinheiro e poder, sendo capaz de fraudar, corromper e roubar se preciso for. Nada o constrange. Vive metido em esquemas de todo tipo e com toda espécie de gente somente pra se manter e conquistar o poder- sua obsessão.

O grande astro, como gosta de ser chamado, também curte orgias sexuais, seja com homem ou mulher, ou melhor, porco ou porca (entre outros animais), isso apesar de ser casado; mas a família, pra ele, tem outra função: parecer bem na sociedade, onde isso requer. Tudo racionalmente pensado, evidentemente.

O poderoso porcão, após o sucesso, tomou gosto pelas artes, e, além de colecioná- las, se  arriscou a pintar também, sem o mesmo sucesso, é claro, mas pelo menos isso massageia o ego, já que seus puxa sacos, pra agradá- lo, vivem dizendo que ele possui grande talento.

Agora, o que o perturba mesmo, é ter que ser zoado pelo Patolino a todo o momento nos episódios, e, ainda ver o Pernalonga tornar- se o principal astro dos estúdios. O Frajola que o diga, já que em seus acessos de fúria o suíno desconta no infeliz toda a sua frustração.

Pois é, quem vê cara não vê coração, e, apesar dessa história ser mera ficção, bem que poderíamos nos deparar com alguém que na frente das pessoas é um doce e por trás um monstro, como Dr. Jekyll and Mr. Hyde. E tem muita gente por aí que é assim. Nunca tiveram passagem pela polícia, são líderes em sua religião, funcionários exemplares em suas empresas, mas que escondem um lado mórbido que só perceberemos quando suas presas e garras estiverem enterradas em nossas carnes.

Não se engane. Gente assim pode até não parecer, mas é extremamente traiçoeira e perversa, e, sendo assim, não pensará duas vezes em te destruir. O único remédio é ficar atento e esperto com quem não conhecemos verdadeiramente e somente confiar naquelas pessoas que fizerem por merecer, e, acredite-me, são p- pô- pouquíssimas.

Bom, por hoje é só pessoal!





Raniery
raniery.monteiro@gmail.com

Comentários

  1. Parabéns pelo blog! Obrigada pelos assuntos colocados aqui com sabedoria.

    Heloise

    http://larcosmico.blogspot.com/

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Eu, eu mesmo e...somente eu!

Nada é mais difícil de lidar que uma pessoa narcisista . Elas se acham a última azeitona da empada e acreditam que as pessoas existem para lhes servir.  Se arrogância pouca é bobagem, imagine, então, um ambiente que lhe proporcione manifestar a totalidade de sua megalomania. No filme de animação, Madagascar, há dois personagens que traduzem perfeitamente o estereótipo do narcisista: o lêmure, rei Julian e Makunga o leão ambicioso e ávido pelo poder. O rei dos lêmures, Julian, se ama e se adora e acredita firmemente que tudo acontece em sua função. Com uma necessidade incomum de ser admirado faz de tudo para aparecer e chamar a atenção. Já o leão Makunga encarna o tipo de vilão asqueroso, dissimulado e traiçoeiro que sempre está planejando algo pra puxar o tapete do leão alfa. Nas relações onde o assédio moral é forma de interagir, tais figuras estereotipadas e sem noção aparecem por trás de atos inacreditáveis de egocentrismo crônico.  Não podem ser contraria

Help Me Dr!

Viver é um processo de interação contínua e de exploração da realidade que está diante de nós. Sendo assim, aquilo que se apresenta e aparece diante de nossos olhos como real, nem sempre é de óbvia interpretação, encobrindo contextos mais complexos do que imaginaríamos, principalmente sob a superfície. Tampouco, significa isso dizer que não possamos identificar os elementos subjacentes de tal fenômeno. Que o assédio moral é um tipo de abuso tão antigo quanto o homem, não se discute, no entanto, nem sempre sua identificação (em termos de fatores) é tão simples, daí porque se dizer que é subjetivo. Inúmeras teorias dos especialistas emergem a cada momento e me permito levantar as minhas hipóteses, muito menos pra estabelecer um grau de informação científica, muito mais para suscitar em você a discussão sobre o tema. Pra fazer isso gostaria de utilizar os recursos da ficção científica para criarmos um contexto que nos possibilite explorar as inúmeras possibilidades que o fenô

Ninguém chuta cachorro morto

A expressão significa que as pessoas não atacam quem não tem valor, é insignificante, medíocre, mas alguém que possui características ou qualidades que incomodam e por isso as ameaça, daí porque utilizarem deste recurso numa tentativa de a diminuírem de alguma forma ao mesmo tempo em que se projetam. É da natureza de determinadas pessoas, que por uma inadequação interna, sentirem-se inferiores a outras, não pela suposta superioridade destas, mas pelo seu desajuste psicológico. Por isso, para alcançar o equilíbrio de seus centros emocionais praticam uma espécie de projeção imputando ao alvo de sua fúria seus próprios fantasmas internos. Este recalque as leva, então, a inventar boatos, viver em mexericos pelos cantos, disseminar a intriga e semear a discórdia contra a pessoa que vêm como sua competidora natural. E como se sabe que o problema é do desajustado? Simples: percebendo que a cada momento se elege um novo candidato ao posto de alvo. Sempre alguém não prestará ou será