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Homem troglodita


Cientistas da Escola de Medicina da Universidade de Wayne, em Detroit, demonstraram que 99,4% do código genético do homem é igual ao dos chimpanzés.

"O que nós mostramos é que os chimpanzés são mais próximos do homem do que são de qualquer outro macaco", afirmou Derek Wildman, co-autor do estudo divulgado pela publicação Proceedings of the National Academy of Sciences.

A partir do estudo, os pesquisadores construíram uma árvore da evolução que mede o grau de proximidade entre os organismos. De acordo com a análise proposta, chimpanzés e homens ocupam ramos irmãos da árvore da evolução. As outras espécies mais próximas, na mesma árvore, são pela ordem gorilas, orangotangos e macacos do Velho Mundo.

No que diz respeito ao comportamento veja as características em comum entre homens e chimpanzés:

·       Presença de machos dominantes- autoritarismo.
·      Mata o próprio semelhante por causa do poder- "golpes de estado"- um chimpanzé jovem une-se com outros para matar o macho dominante e assim assumir o poder;
·      Tratamento dado às fêmeas: são reprimidas e espancadas;
·       Fêmeas: cuidam de filhotes de outras.

Eu particularmente não fiquei surpreso com o resultado, já que percebi que determinados colegas de trabalho manifestam comportamentos instintivos de bestas, ainda que, de certa forma, se pareçam conosco.

Nesses dias cruzei com um deles que poderia chamar de troglodita (nome científico do chimpanzé: Pan troglodythes), já que possui um instinto ruim dentro de si a ponto de se voltar contra os próprios amigos, fora os vários casos em que se envolveu onde prejudicou pessoas e sem contar outras coisas mais. Parece que o chimpanzé que vive nele é mais forte do que sua humanidade que, aliás, duvido existir.

Uma coisa é ser competitivo, outra é ter o “coisa ruim” no couro e uma vontade mórbida de só querer ver o mal do próximo, de preferência, por suas próprias mãos.

E o mal parece atrair seus semelhantes, pois ele faz parte de uma turma que se aliou para isso, da mesma forma que os chimpanzés fazem ao caçar.

É difícil de acreditar que existam pessoas com este “espírito de porco”, até que as encontramos face a face. Mesmo o ambiente por onde passam fica carregado de partículas negativas e cheiro de enxofre.

Que todos nós temos tendências para o conflito, por causa de nosso ego, eu não tenho dúvidas. Eu, você, qualquer um, é assim. Mas, garanto-lhe que nenhum de nós acorda todos os dias com fome de maldade e dispostos (as) a prejudicar nossos semelhantes, pois se for desse jeito, então, é melhor que repense os conceitos; quer dizer, se já chegou a este ponto, é porque sua consciência inexiste e é tarde demais, pois não mudará.

Hoje, as pessoas já estão espertas com o cidadão citado, mas ele possui uma capacidade de dissimular sua peçonha a ponto de se passar por “amigão” para depois dar o bote. Foi assim que aconteceu com outro colega que teve sua vida devastada da noite para o dia numa armação covarde envolvendo este e outros pilantras em forma de gente.

Acontece que estas cobras de uniforme só se criam onde encontram habitat propício que lhes dê liberdade para disseminar o mal e contaminar a todos. Empatia, compaixão, fraternidade são conceitos que suas mentes restritas não entendem. Nos seus mundos, levar vantagem, andar à margem das regras ou quebrá-las é o que os move até o fim de suas miseráveis vidas.

Pesquisas apontam que desajustados sociais já foram abusados na infância, emocional ou sexualmente, vindos de lares desestruturados e, no caso em questão, parece ser isso mesmo, já que em outra oportunidade, conversando com um tio dele, me foi dito que sua mãe tinha uma vida desregrada e seu pai era alcoólatra e vivia envolvido em ilícitos- o que parece corroborar com as deduções dos especialistas.

São vários os fatores que contribuem para a criação de uma mente que delinque, mas de qualquer maneira não há, até o momento, como corrigir o comportamento antissocial, mesmo que tenha uma vida familiar exemplar e do bom e do melhor. São criaturas tenebrosas e traiçoeiras que a qualquer hora e sobre qualquer um manifestará seu instinto predatório, pelo mais fútil motivo.

Eles estão entre nós, não há como evitar, mas pode-se acautelar-se deles. É claro que não dá para fazer um curso intensivo de psiquiatria à distância para entendê-los e esquivar-se, mas pode-se adotar medidas simples que poderão ser úteis para que não se caia nas ciladas que armam.

Se deixar levar por observações superficiais e sair contando sua vida para qualquer um que sorria, não me parece ser uma forma muito segura de se conduzir na vida. Basta lembrar que um psicopata é um exímio mentiroso; um ator nato- capaz de elaborar qualquer personagem que se encaixe no modelo de pessoa que você goste; são carismáticos, do tipo amigão do churrasco e cervejada; possuem uma inteligência para o mal capaz de avaliar as pessoas e traçar seus perfis.


Enfim, penso que é possível se preservar adotando uma postura minimamente cautelosa, sem a necessidade de ver um sociopata em cada esquina, numa paranóia alucinante. Também não dá para viver achando que não existem pessoas assim só para não ser visto como pessimista e acabar penteando macaco, ou seja, se dando mal.


Portanto, da próxima vez que sair por aí, nessa selva de pedra que vivemos, coloque seus sentidos para funcionar e olhe com mais atenção para os que estão ao seu redor e talvez descubra que aquela criaturinha com feições angelicais provavelmente esconda uma fera em seu interior. Antecipando-se, não se corre o risco de pagar mico exclamando: “macacos me mordam!”.

Leia também: O cérebro trino de Paul Maclean
            Fonte: http://www.ufrgs.br/
                       http://www.bbc.co.uk/

Raniery




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